Deputado do PSD insurge-se contra debate exclusivamente feminino

André Coelho Lima manifestou-se revoltado com o debate desta quarta-feira sobre violência doméstica, atacando o "sindicalismo feminino".

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© Paulo Spranger | Global Imagens 

Hélio Carvalho
08/03/2023 21:03 ‧ 08/03/2023 por Hélio Carvalho

Política

Feminismo

O deputado social-democrata André Coelho Lima criticou duramente o debate desta quarta-feira, na Assembleia da República, sobre violência doméstica, atacando-o por incluir apenas mulheres a debater o assunto, no Dia Internacional da Mulher.

Através do Twitter, André Coelho Lima começou por afirmar que "o feminismo não é um exclusivo feminino!", iniciando uma série de comentários nos quais defendeu que a luta por causas feministas não pode ser reivindicada apenas por mulheres.

"Eu não quero desigualdades, ainda que possa ser o beneficiário delas! Os direitos das mulheres não são uma questão de género. Se permitirmos que a reivindicação de igualdade seja uma reivindicação somente feminina, estamos a prestar um mau serviço às lutas, que são de todos", disse o deputado, insurgindo-se contra aquilo que considera ser um movimento de "sindicalismo feminino".

Para Coelho Lima, eleito pelo círculo eleitoral de Braga, um dos argumentos que salientam, para si, a necessidade de incluir homens no debate desta quarta-feira é o facto de a maioria dos agressores ser homem.

"Aliás, se estatisticamente os agressores são em enormíssima percentagem homens, como debater o tema da violência doméstica sem a participação deles? Como permitir que passem ao lado do tema, como se com ele nada tivessem que ver?", explicou o social-democrata.

André Coelho Lima concluiu ainda garantindo que não vai permitir "que se considerem as lutas feministas como um exclusivo de mulheres".

"Eu sou feminista! E não permito a ninguém que me diga o contrário", rematou.

Neste Dia Internacional da Mulher, o Parlamento assinalou a data com um debate sobre violência doméstica, requerido pelo PSD. O primeiro-ministro salientou esta quarta-feira as desigualdades que ainda existem na sociedade portuguesa, mas elogiou o executivo pela Lei da Paridade sobre representação política que, disse, permitiu ao Governo ter agora nove ministros e nove ministras.

Leia Também: Ministra remete para "próximos dias" aprovação do plano para a igualdade

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