Madeira. Cabeça de lista do PS desafia líder do PSD para debates

O cabeça de lista do PS às eleições legislativas da Madeira, Sérgio Gonçalves, disse hoje que o executivo regional (PSD/CDS-PP) "definhou" e desafiou o presidente do governo e líder social-democrata na região, Miguel Albuquerque, para debates frente-a-frente.

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Lusa
19/08/2023 14:38 ‧ 19/08/2023 por Lusa

Política

Eleições/Madeira

"Desafio Miguel Albuquerque para debates, onde e quando quiser, para que a nossa população seja devidamente esclarecida das grandes diferenças que existem entre nós", declarou o candidato, que é também presidente da estrutura regional do PS, sublinhando que as suas "ideias e propostas concretas" contrastam com a atual governação.

Sérgio Gonçalves falava na cerimónia de apresentação pública dos candidatos do PS às eleições legislativas regionais de 24 de setembro na Ponta do Sol, concelho da zona leste da Madeira.

"Quem não tem ideias, quem não sabe fazer diferente, quem se limita a criticar o adversário e quem foge ao debate apenas demonstra a sua incapacidade para continuar a governar", afirmou, realçando que o governo liderado por Miguel Albuquerque revela "desnorte" e "há muito definhou".

O candidato socialista disse que a equipa do PS é a "única capaz de liderar a mudança de que a região tanto precisa" e elencou várias medidas nesse sentido, entre as quais baixar os impostos, aplicando o diferencial fiscal de 30% nas taxas do IVA (imposto sobre o consumo) e em todos os escalões do Imposto sobre o Rendimento Singular (IRS).

"Não podemos continuar a permitir que o custo de vida nos esmague. Temos meios ao nosso alcance para o conseguir", explicou, considerando que se trata apenas de uma "escolha política entre conseguir a maior receita fiscal de sempre ou desapertar o cinto aos madeirenses".

Sérgio Gonçalves defendeu também a reposição de 2% de subsídio de insularidade para todos os funcionários públicos e o aumento do Complemento Regional para Idosos em 100 euros, bem como melhor acesso à saúde e à habitação.

A candidatura do PS apresenta também várias medidas no setor da educação, como manuais escolares, transporte e alimentação totalmente gratuitos para todos os alunos até ao 12.º ano, e ainda um apoio anual de três milhões de euros à Universidade da Madeira.

"Não podemos ambicionar mais e melhor com a receita de sempre", disse Sérgio Gonçalves, afirmando que o executivo liderado pelo PSD está "esgotado, sem soluções, sem energia, sem motivação", bem como "refém de esquemas e que favorece os do costume".

"Só o Partido Socialista tem condições para liderar um governo que tenha na sua génese a justiça social, a solidariedade e a liberdade, um governo com valores, de braços abertos para os madeirenses e porto-santenses", reforçou.

Dos 47 nomes que compõem a lista de candidatos efetivos do PS - que é o maior partido da oposição madeirense -, mais de metade (27) são novidade face à lista apresentada às anteriores eleições regionais, em 2019. No total de 94 candidatos (efetivos e suplentes), 50% são homens e 50% mulheres.

Sancha Campanella, candidata independente, surge em segundo lugar, seguida de Rui Caetano, atual líder do grupo parlamentar na Assembleia Legislativa.

Nas eleições regionais de 22 de setembro de 2019, o PSD perdeu a maioria absoluta na Assembleia Legislativa Regional da Madeira, que detinha desde 1976, elegendo 21 deputados, e formou um Governo Regional de coligação com o CDS-PP (três deputados).

Nesse ato eleitoral, o PS elegeu 19 deputados, o JPP três e o PCP um.

Leia Também: Eleições/Madeira. Sorteado boletim de voto com 11 partidos e 2 coligações

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