Ensino "cada vez mais universal e gratuito é uma conquista de democracia"
Catarina Martins defende que os estudantes universitários têm de receber mais apoios do Executivo para não desistirem dos estudos.
© Global Imagens
Política Ensino Superior
A ex-líder do Bloco de Esquerda (BE) Catarina Martins defendeu, na segunda-feira, no seu espaço de comentário na SIC Notícias, que o Governo "nunca concretizou o investimento que prometeu" nas residências de estudantes, o que prejudica o acesso ao Ensino Superior.
"Eu não acho que nós tenhamos de escolher entre residências e propinas. Matérias como tornar o ensino universalmente mais barato para toda a gente é muito importante", começou por dizer sobre o tema, acrescentando que "o ensino público deve ser universal".
"Descer as propinas torna o ensino universal. Arranjar residências é também importante e não é só quem está deslocado que tem despesas que não consegue pagar por estar na universidade", realçou, relembrando que as famílias portuguesas estão a lidar com vários aumentos de despesas.
"Hoje quando as famílias têm tantas dificuldades para pagar a prestação ou a renda da sua casa mesmo que o seu filho não esteja deslocado a estudar ainda tem de pagar as propinas, tem de pagar a alimentação. Se morarem fora do concelho de Lisboa e o estudante vier até a Lisboa nem se quer ao passe gratuito tem direito porque o Carlos Moedas acha que o passe gratuito de Lisboa é só para os estudantes que já moram em Lisboa, portanto, os que têm menos desepesa", sublinhou.
Para a bloquista, por ser "difícil manter os estudantes na universidade a todas as famílias", tornar o ensino "cada vez mais universal e gratuito é uma conquista de democracia, não temos de escolher uma coisa e outra".
Sobre o mesmo assunto, no Twitter, Catarina Martins recordou que "o Governo prometeu mais 12 mil vagas em residências universitárias públicas até 2022" e "não cumpriu".
"E o mercado de habitação sem controlo fez disparar as rendas. A educação é um direito e o Estado tem de garantir o acesso. Com mais residências, menos propinas, melhores condições, concluiu.
O governo prometeu mais 12 mil vagas em residências universitárias públicas até 2022. Não cumpriu. E o mercado de habitação sem controlo fez disparar as rendas.
— Catarina Martins (@catarina_mart) August 29, 2023
A educação é um direito e o Estado tem de garantir o acesso. Com mais residências, menos propinas, melhores condições. pic.twitter.com/1cQiKww5jc
Leia Também: "Prevemos ter o dobro de camas disponíveis até 2026" para bolseiros
Descarregue a nossa App gratuita.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.
* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com