"Ao nível nacional, os 5% mais ricos detêm 42% da riqueza criada. Na Madeira, aquela que é a sociedade mais desigual do país, 5% detêm 58% da riqueza criada", disse, vincando que "não podemos permitir que esta continue a ser a terra onde a pobreza é campeã".

Edgar Silva falava num jantar/comício da candidatura da CDU às legislativas da Madeira, agendadas para 24 de setembro, no concelho da Ribeira Brava, zona oeste da ilha, no qual participaram cerca de 300 pessoas, conforme indicou a organização.

O secretário-geral do PCP, Paulo Raimundo, participou no encontro, tendo afirmado que o aumento dos salários e das pensões é a "grande emergência nacional" da atualidade.

Já o cabeça de lista da CDU, também coordenador do Partido Comunista Português da Madeira, criticou os "satisfeitos da sociedade", referindo-se aos que "querem que tudo fique na mesma porque têm a barriga cheia", bem como os "reformadinhos", explicando serem os que reclamam apenas "pequenos remendos".

"Ao contrário daqueles que estão satisfeitos, dos saciados desta sociedade, e bem ao contrário dos reformadinhos, há todos aqueles que têm fome e sede de justiça, que exigem uma sociedade diferente, que querem que o combate às desigualdades seja de facto a grande e primeira prioridade da mudança que urge fazer nesta sociedade", declarou, reforçando que "esses só poderão votar CDU".

O candidato da coligação PCP/PEV sublinhou que "não podemos permitir que esta continue a ser a terra em que os salários são os mais baixos do país, em que as reformas e as pensões são as mais baixas de todo o país".

"Aqueles que querem salários mais justos, que lutam pelo trabalho, pelo aumento dos salários, pelo aumento do salário mínimo, pelo aumento do complemento regional de salários, pelo aumento das reformas e das pensões, aqueles que sentem no seu coração que temos direito a ter uma vida melhor nesta terra, esses têm de votar CDU", reiterou.

As legislativas da Madeira decorrem em 24 de setembro, com 13 candidaturas a disputar os 47 lugares no parlamento regional, num círculo eleitoral único.

PTP, JPP, BE, PS, Chega, RIR, MPT, ADN, PSD/CDS-PP (coligação Somos Madeira), PAN, Livre, CDU (PCP/PEV) e IL são as forças políticas que se apresentam a votos.

Nas anteriores regionais, em 2019, os sociais-democratas elegeram 21 deputados, perdendo pela primeira vez a maioria absoluta que detinham desde 1976, e formaram um governo de coligação com o CDS-PP (três deputados). O PS alcançou 19 mandatos, o JPP três e a CDU um.

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