"A mudança começa no PAN e faz-se através do voto. Votar no PAN é votar na mudança que precisamos, é escolher um futuro mais ético, mais verde, mais igualitário e mais inclusivo", defendeu Mónica Freitas.
A candidata falava numa iniciativa organizada pelo partido no âmbito da campanha eleitoral, no jardim municipal do Funchal, na qual também discursou o mandatário da candidatura, Marco Gonçalves, que sofreu um acidente e esteve até agora ausente da campanha eleitoral.
Perante algumas dezenas de militantes e simpatizantes, Mónica Freitas apelou ao voto no partido. "Juntos e juntas podemos criar uma Madeira onde todos prosperem independentemente da idade, género ou origem", argumentou.
A cabeça de lista realçou que "o PAN é um projeto que questiona, faz perguntas", comprometendo-se também a negociar e "a apresentar propostas concretas".
"Pensando sempre nos jovens, nas mulheres, nas minorias, mas também numa classe média que tem trabalhado tanto e tanto tem feito para conseguir ter uma casa, uma vida digna, constituir família e ter direito a lazer, a usufruir da nossa cultura, usufruir da nossa ilha", sublinhou.
Mónica Freitas elencou também um conjunto de propostas do partido em diversas áreas, designadamente a criação de programas de habitação destinados a jovens em risco de pobreza por emancipação precoce devido a motivos como violência doméstica ou falecimento dos progenitores.
O PAN pretende ainda criar uma comissão de proteção à pessoa idosa, "reforçar as medidas de apoio a mães e pais trabalhadores com filhos com deficiência, doença crónica ou oncológica", assim como implementar uma estratégia regional "contra todas as formas de discriminação e intolerância".
"Propomos ainda a gestão eficaz de uma rede de casas de abrigo destinadas às vítimas de violência doméstica e aos seus filhos, melhorando as condições de organização destas mulheres", destacou Mónica Freitas, que é assistente social de profissão e se estreia nas lides políticas e eleitorais nestas regionais.
Para os animais, o PAN propõe um conjunto de medidas como a redução do IVA aplicado à alimentação e aos cuidados médico-veterinários de animais de companhia, e a regulamentação da venda de animais de companhia "enquanto existirem animais para adoção".
Esta é a quarta vez que o PAN concorre a eleições legislativas regionais na Madeira. Na primeira vez a que se submeteu a votos, em 2011, alcançou um mandato, mas nas seguintes falhou a conquista de representação no parlamento regional.
As legislativas da Madeira decorrem em 24 de setembro, com 13 candidaturas a disputar os 47 lugares no parlamento regional, num círculo eleitoral único.
PTP, JPP, BE, PS, Chega, RIR, MPT, ADN, PSD/CDS-PP (coligação Somos Madeira), PAN, Livre, CDU (PCP/PEV) e IL são as forças políticas que se apresentam a votos.
Nas anteriores regionais, em 2019, os sociais-democratas elegeram 21 deputados, perdendo pela primeira vez a maioria absoluta que detinham desde 1976, e formaram um governo de coligação com o CDS-PP (três deputados). O PS alcançou 19 mandatos, o JPP três e a CDU um.
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