O Bloco de Esquerda (BE) vai regressar ao parlamento da Madeira após quatro anos de ausência, depois de hoje ter conseguido eleger o seu cabeça de lista e antigo líder da estrutura regional do partido, Roberto Almada.
A coligação PSD/CDS-PP venceu hoje as eleições legislativas regionais da Madeira, mas falhou por um deputado a maioria absoluta, quando estão apuradas todas as freguesias, segundo dados oficiais provisórios, disponibilizados pela Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna.
"A direita lá se reorganizará e formará seu governo, mas terá no BE uma oposição que será contundente e inflexível", assegurou o único deputado bloquista eleito, reagindo aos resultados das eleições legislativas da Madeira, na sede de campanha do partido.
Questionado sobre a posição do partido na sequência do resultado, Roberto Almada assegurou que "o BE nunca fará entendimentos com o PSD e com a direita".
"Somos o BE, somos a oposição nesta região e connosco será a defesa do povo, dos trabalhadores", acrescentou.
De acordo com os resultados oficiais provisórios, os bloquistas obtiveram 3.036 votos (2,24%), foram a oitava força política mais votada e conseguiram eleger um deputado.
Entre 2015 e 2019, o partido tinha dois deputados no parlamento regional, incluindo Roberto Almada, mas perdeu a representação nas eleições de 2019.
"Este é um regresso há muito tempo aguardado. Ficámos sem representação parlamentar em 2019 e sem palco parlamentar tínhamos menos espaço no espaço mediático", considerou o agora eleito deputado, para deixar uma mensagem de agradecimento aos eleitores.
"O regresso do BE é responsabilidade dos muitos madeirenses que votaram em nós. Agradeço cada voto", acrescentou.
O BE inaugurou a sua presença na Assembleia Legislativa da Madeira nas eleições de 17 de outubro de 2004, elegendo um deputado, que manteve nas eleições seguintes, e perdeu a representação em 2011.
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