"A nossa coligação é com os madeirenses e assim será, mas também não rejeitamos o papel de ser o adulto na sala. Não rejeitamos conversar com quem for e as nossas portas estarão sempre abertas para isso", disse o cabeça de lista da Iniciativa Liberal (IL), em discurso na sede de campanha do partido no Funchal.
A IL vai estrear-se na Assembleia Legislativa da Madeira na próxima legislatura, depois de hoje ter conseguido eleger o seu primeiro e único deputado, sendo a sexta força política mais votada, segundo dados oficiais provisórios, disponibilizados pela Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna.
Apesar de ser o único deputado liberal eleito, Nuno Morna poderá desempenhar um papel de relevo, uma vez que, a coligação PSD/CDS-PP venceu as eleições legislativas regionais da Madeira, mas falhou por um deputado a maioria absoluta.
"Não faremos parte de nenhum executivo regional", clarificou Nuno Morna em resposta aos jornalistas, sem fechar a porta ao apoio a "tudo o que tiver a ver com o supremo interesse dos madeirenses (...) passo a passo, medida a medida, orçamento a orçamento".
Os liberais impõem, no entanto, algumas condições que dizem ser imprescindíveis: "impostos reduzidos, resolver o problema das listas de espera chamando os privados e o setor social e resolver a questão da transparência".
Coordenador do núcleo da Madeira da IL, Nuno Morna já tinha sido o cabeça de lista nas eleições regionais da Madeira em 2019, sem conseguir o mandato, e surgiu em terceiro ligar na lista nacional do partido nas europeias desse ano.
Foi também candidato à Câmara Municipal de Santa Cruz nas autárquicas que se realizaram em 2021.
Com 3.555 votos (2,63%), de acordo com os dados da Secretaria-Geral do MAI, a IL é agora a sexta força política mais votada, conseguindo eleger, pela primeira vez, um deputado.
A coligação PSD/CDS-PP venceu as eleições legislativas regionais da Madeira, mas falhou por um deputado a maioria absoluta, depois de apuradas todas as freguesias, segundo dados oficiais provisórios, disponibilizados pela Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna.
PSD e CDS-PP conseguiram 43,13% dos votos e 23 deputados, quando são necessários 24 para a maioria absoluta.
A segunda força política mais votada foi o PS, que passou de 19 para 11 deputados, tendo obtido 28.844 votos (21,30%).
O JPP passou de três para cinco mandatos, enquanto a CDU conseguiu manter o deputado único que tinha.
O Bloco de Esquerda e o PAN regressam à Assembleia Legislativa Regional também com um deputado.
No hemiciclo regional haverá ainda duas estreias: o Chega com quatro deputados e Iniciativa Liberal com um deputado.
[Notícia atualizada às 00h53]
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