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Israel? Bloco repudia "acusações insidiosas e grotescas" de Moedas

O BE repudiou hoje as declarações "insidiosas e grotescas" do presidente da Câmara de Lisboa, Carlos Moedas, sobre a posição bloquista quanto ao ataque do Hamas a Israel, acusando-o de mentir e não estar à altura do cargo.

Israel? Bloco repudia "acusações insidiosas e grotescas" de Moedas
Notícias ao Minuto

18:22 - 12/10/23 por Lusa

Política Israel/Palestina

O líder parlamentar do BE, Pedro Filipe Soares, reagiu no parlamento a declarações de Carlos Moedas na quarta-feira na SIC-Notícias, onde afirmou que "a extrema-esquerda mostrou que é tão má como a extrema-direita naquilo que é um ataque, e a conivência, com os terroristas", considerando mesmo que algumas declarações destes partidos "roçou o antissemitismo, a pior forma de racismo".

"Carlos Moedas fez acusações que são inaceitáveis sobre o Bloco de Esquerda e que dizem mais sobre o próprio do que sobre o conteúdo das afirmações. Carlos Moedas demonstrou ser um político mentiroso porque acusou o Bloco de Esquerda de coisas que ele sabe que não são verdade e usou a guerra, as mortes de civis para jogo político em Portugal", criticou.

Para Pedro Filipe Soares, "isso é mesquinho e absolutamente inaceitável". O dirigente bloquista repudiou estas declarações "de forma absoluta".

"O Bloco de Esquerda desde a primeira hora condenou o massacre de civis, condenou os crimes de guerra levados a cabo pelo Hamas, contra israelitas ou contra pessoas de outras nacionalidades. Fizemo-lo com a mesma veemência que condenamos os crimes de guerra perpetrados por Israel e que neste momento estão a acontecer no território de Gaza", enfatizou.

Segundo o bloquista, o seu partido não tem "dois pesos nem duas medidas" sobre este conflito.

"Carlos Moedas fez acusações insidiosas, grotescas sobre o BE e foi isso que vim repudiar e demonstrar qual é a verdade na mentira que ele quis espalhar e retirar de cima da mesa essa mentira. Não está à altura do cargo que ocupa", condenou.

Referindo que o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, "já se dirigiu ao mundo sobre este tema" e reconheceu crimes de guerra, atos barbáricos e condenou-os, ao mesmo tempo que defende que se deve "apelar a um cessar-fogo incondicional e imediato" e que "seja cumprido quer a lei internacional quer os acordos que foram assumidos junto das Nações Unidas"

"Subscrevemos todas estas posições de António Guterres", sublinhou, acrescentando que o BE disse "desde o início é que reconhece que o Hamas cometeu crimes de guerra nas ações que levou a cabo".

Esta condenação, de acordo com o dirigente bloquista, é feita "sem nenhum mas, sem nenhuma dúvida, mas com a mesma coerência de quem reconhece que Israel já cometeu e está cometer crimes de guerra em Gaza".

O grupo islamita Hamas lançou sábado um ataque surpresa contra o território israelita, sob o nome de operação "Tempestade al-Aqsa", com o lançamento de milhares de foguetes e a incursão de milicianos armados por terra, mar e ar.

Em resposta ao ataque surpresa, Israel bombardeou a partir do ar várias instalações do Hamas na Faixa de Gaza, na operação denominada "Espadas de Ferro".

Israel declarou guerra total e prometeu castigar o Hamas como nunca antes, tendo o primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, declarado estar "em guerra" com o grupo palestiniano.

O Hamas controla a Faixa de Gaza desde 2007 e é classificado como "grupo terrorista" pela União Europeia (UE), Estados Unidos e Israel.

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