"Não vale a pena [a oposição] tentar condicionar o Governo Regional", afirmou o chefe social-democrata do executivo madeirense na Assembleia Legislativa da Madeira, no encerramento da discussão do Programa do Governo Regional para o período 2023-2027.
O governante apontou que os madeirenses não querem "ficar estagnados pelas amarras do que as leis da República condicionam" e assegurou que o Governo Regional "não terá medo de decidir, de atuar, de mudar, de reformar, que não tem medo de enfrentar desafios".
"Se entrarmos em convenção política será a vida dos madeirense e a economia regional que entrará em colapso", vincou, opinando que "o que está em causa é o futuro da Madeira".
Segundo o líder madeirense, o seu executivo "não vai pedir licença à esquerda conservadora e imobilista para governar", recusando ficar "atolado nas modas do politicamente correto" ou condicionado pelas sondagens porque tem como "objetivo primordial" trabalhar pelo desenvolvimento regional.
"Nós somos a antítese do socialismo conservador e imobilista, que não decide, que não faz obra, que não investe, que não reforma, que não galvaniza, que não mobiliza e que mergulhou Portugal no atoleiro, no descrédito e no empobrecimento", disse.
Ainda salientou que o atual governo madeirense, baseado numa coligação PSD/CDS e que celebrou um acordo de incidência parlamentar com a deputada única do PAN para assegurar uma maioria absoluta na Assembleia Regional, tem por base um acordo "outorgado por pessoas sérias".
"O mandato que nos foi delegado democraticamente pela maioria dos concidadãos, nas últimas eleições, impõe responsabilidade, humildade, concertação e assunção de compromissos para os próximos quatro anos", realçou o responsável insular.
Albuquerque considerou que o papel do Governo Regional "é assegurar um quadro de estabilidade política, paz social, confiança nas instituições e previsibilidade quanto às opções de desenvolvimento e investimento", atuando com sentido de responsabilidade.
"Connosco não há rebaldarias ou instabilidade política, social ou económica" num quadro de maturidade democrática, disse.
Miguel Albuquerque comparou as realidades da Madeira com a República na Saúde, Economia, Educação, Desemprego, redução de impostos recorrendo a vários indicadores e às situações de contestação dos médicos, enfermeiros, professores, entre outros profissionais.
"Na Madeira vamos manter o investimento público em novas acessibilidades, novas infraestruturas de Saúde, de Educação, de Habitação, de Natureza Social, de Natureza Cultural e Desportiva", assegurou o governante.
Albuquerque mencionou que será dada continuidade ao reforço do investimento em infraestruturas de segurança contra desastres naturais, modernização do setor energético e ambiental.
Na sua opinião, a nível nacional "não se investe, não se deixa investir, não se faz, não se deixa fazer, não se concretiza obra" e temos um "país do paleio, da conversa, das comissões que vai ser ultrapassado pelo Roménia".
Este é o primeiro Programa que o Governo Regional de coligação apresenta desde que perdeu a maioria, nas eleições de 24 de setembro.
O documento, composto por 190 páginas, está dividido em nove capítulos foi discutido nos últimos três dias no parlamento madeirense.
Nas eleições de setembro, o PS elegeu 11 deputados, o JPP cinco e o Chega quatro, enquanto a CDU (PCP/PEV), o BE, o PAN e a IL elegeram um deputado cada.
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