Vitória de PNS na corrida à liderança do PS não é "passeio no parque"
A ex-ministra Alexandra Leitão rejeitou hoje que a candidatura de Pedro Nuno Santos encare a sua candidatura à liderança do PS como um passeio no parque, rejeitando uma atitude de triunfalismo antes das eleições internas socialistas.
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Política Eleições no PS
Alexandra Leitão, deputada socialista e coordenadora da moção de orientação política de Pedro Nuno Santos ao cargo de secretário-geral, transmitiu esta posição à entrada para a reunião da Comissão Nacional do PS.
Interrogada se a eventual vitória de Pedro Nuno Santos face ao dirigente socialista José Luís Carneiro pode ser encarada como um passeio no parque, a ex-ministra do PS rejeitou: "Nunca há campanhas que são passeio no parque".
"Temos de respeitar muito, naturalmente, todos os adversário. E, a partir de 17 de dezembro, estaremos todos no mesmo barco", disse, numa alusão às eleições diretas para o cargo de secretário-geral do PS, que deverão ser marcadas para os dias 15 e 16 dezembro.
Questionada sobre o facto de muitos socialistas ainda não terem optado em quem vão votar nas eleições diretas do PS, a coordenadora da moção do ex-ministro das Infraestruturas e da Habitação respondeu: "É natural que muitos socialistas ainda não tenham tomado posição, porque é sempre preciso olhar para os conteúdos antes de se tomar uma decisão".
"Espero que a moção contribua para que mais pessoas decidam apoiar a candidatura de Pedro Nuno Santos", acrescentou.
A Comissão Nacional do PS está hoje reunida para formalizar as decisões de realizar o congresso em 06 e 07 de janeiro e as eleições diretas para o cargo de secretário-geral socialista em 15 e 16 de dezembro.
Esta reunião, que decorre no Parque das Nações, em Lisboa, foi aberta com uma intervenção do ainda líder socialista, António Costa, sobre a situação política nacional, mas desta vez, ao contrário do que aconteceu nas anteriores, sem a presença da comunicação social.
António Costa pediu a demissão das funções de primeiro-ministro no passado dia 07, ocasião em que também anunciou que não voltará a recandidatar-se a este cargo nas eleições legislativas antecipadas de 10 de março.
Para a sucessão de António Costa na liderança do PS, estão já no terreno duas candidaturas: a do ex-secretário-geral adjunto e atual ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro, e a do deputado socialista e ex-ministro Pedro Nuno Santos. O dirigente Daniel Adrião, que lidera uma sensibilidade minoritária neste partido desde 2016, também anunciou que se vai candidatar à liderança do PS.
Em declarações à agência Lusa, o presidente da Comissão Organizadora do Congresso (COC), Pedro do Carmo, adiantou que as candidaturas ao cargo de secretário-geral do PS terão de ser entregues até 30 deste mês, com assinaturas de 200 proponentes militantes socialistas e acompanhadas de uma moção de orientação política.
Para as eleições diretas para o cargo de secretário-geral do PS dos dias 15 e 16 de dezembro, segundo o presidente da COC, podem votar cerca de 80 mil militantes socialistas, desde que tenham as respetivas quotas pagas (do primeiro semestre deste ano) até ao fim deste mês.
O próximo congresso do PS, que deverá realizar-se em Lisboa, vai ter 1.600 delegados eleitos e mais 1.100 com direito de inerência por serem titulares de cargos políticos autárquicos ou em órgãos nacionais desta força política.
Com eleições legislativas antecipadas marcadas para 10 de março, a Comissão Nacional do PS também deverá hoje tomar a decisão de adiar as eleições federativas e concelhias deste partido, que estavam previstas para o início de 2024.
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