"O mais importante é sempre dar vivas aos Açores e ao bom povo açoriano e traçar um novo rumo para glória destes nobres e valentes açorianos. Da nossa parte estamos prontos, quer seja para ir a votos já ou noutra qualquer altura", salientou o deputado do partido.
José Pacheco falava no plenário da Assembleia Regional, na Horta, durante as intervenções finais da discussão do Plano e Orçamento da região para 2024.
O líder do Chega na região, que tem um acordo de incidência parlamentar com os partidos que integram o Governo dos Açores (PSD/CDS-PP/PPM), lembrou que o partido "não foi ter com os senhores de coligação", foi sim a coligação que "bateu à porta" do Chega.
"No final do caminho, percebemos que apenas servíamos para dar um voto, apenas isto e nada mais. Apesar de tudo, durante três anos, fomos o garante da estabilidade e da responsabilidade democrática nos Açores. É sempre bom relembrar isto", reforçou.
José Pacheco salientou que o partido não está no parlamento açoriano "em nome do partido, empregos ou tachos" e evocou os "compromissos que não foram cumpridos" pelo Governo Regional.
"Se querem apurar responsabilidades, apontem as espingardas na direção de outros, nunca para nós, que mantivemos a nossa firmeza, sem ceder a pressões ou enganos e mentiras repetidas", apontou.
O deputado do Chega garantiu que o voto do partido na votação do Plano e Orçamento vai "ser feito com responsabilidade" e a pensar nos "Açores e nas pessoas".
"Da nossa parte, seja hoje ou noutro dia, a porta esteve, está e sempre estará aberta ao diálogo, desde que sério e construtivo, para bem dos açorianos. Nós construímos pontes, não fechamos portas", ressalvou.
O Plano e o Orçamento dos Açores para 2024, de cerca de dois mil milhões de euros, começaram na segunda-feira a ser debatidos no plenário da Assembleia Legislativa Regional, na Horta, onde a votação na generalidade deverá acontecer na tarde de hoje.
O quarto Orçamento da legislatura regional é o primeiro a ser votado após a Iniciativa Liberal (IL) e o deputado independente terem denunciado em março os acordos escritos que asseguravam a maioria parlamentar ao Governo dos Açores.
Antes do arranque da discussão, a IL e o PS anunciaram o voto contra na generalidade, enquanto Chega e PAN rejeitaram votar a favor, o que poderá levar à reprovação do Plano e do Orçamento.
Entretanto, na terça-feira, o presidente do Chega anunciou que o deputado do partido nos Açores vai abster-se na votação.
A Assembleia Legislativa dos Açores é composta por 57 deputados e, na atual legislatura, 25 são do PS, 21 do PSD, três do CDS-PP, dois do PPM, dois do BE, um da IL, um do PAN, um do Chega e um independente (eleito pelo Chega).
[Notícia atualizada às 14h05]
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