De acordo com o JPP/Açores, os votos contra e as abstenções da Iniciativa Liberal, do PAN e do Chega foram decisões "infantis e irresponsáveis, que devem ser penalizadas pelos eleitores, uma vez que os documentos provisionais para 2024 até foram menos criticáveis do que os apresentados para anos anteriores", o que "mostra o desnorte de alguns protagonistas da política regional".
Na nota enviada à comunicação social, o partido refere que tem a "clara noção de que as abstenções do PAN e do Chega e ainda o voto contra do IL, ao Orçamento e Plano, tiveram como principal objetivo antecipar as eleições regionais, como forma de tentar impedir que o JPP possa concorrer a este ato eleitoral".
"Esta será uma tentativa falhada, por parte destes três partidos", refere o JPP/Açores, que reafirma a intenção de participar nas próximas eleições regionais açorianas e considera que o chumbo dos documentos poderá ser a oportunidade do partido "começar mais cedo a fazer parte das soluções para os problemas dos Açores".
O JPP/Açores reitera ainda que que "está empenhado em apresentar-se como a verdadeira alternativa para os Açores, constituindo-se como elemento potenciador da vontade do povo, de forma construtiva e responsável" e aguardará pela decisão do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e adaptará o seu plano de ação para 2024 caso as eleições legislativas regionais, que deveriam decorrem no outono, sejam antecipadas.
O Plano e o Orçamento dos Açores para 2024 foram chumbados na quinta-feira, na votação na generalidade na Assembleia Regional, na Horta, com os votos contra de IL, PS e BE e as abstenções do Chega e do PAN.
Os partidos que integram o Governo dos Açores (PSD/CDS-PP/PPM) e o deputado independente Carlos Furtado (ex-Chega) votaram a favor dos documentos.
O presidente do Governo Regional, José Manuel Bolieiro, já anunciou que o executivo tenciona apresentar uma nova proposta.
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, vai receber os partidos representados no parlamento açoriano na quinta-feira.
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