"A sondagem de novembro, do Centro de Estudos e sondagens de Opinião da Universidade Católica (CESOP) para o Público, RTP e Antena 1, foi feita entre os dias 15 e 24 de novembro.
Não reflete o quanto correu bem o Congresso do PSD para Luís Montenegro. A presença de várias figuras proeminentes do PSD no passado, tendo à cabeça Cavaco Silva.
Contudo, há uma tendência do PSD para não descolar do PS. Os portugueses querem propostas concretas e possíveis. O aumento das pensões é uma boa ideia, mas somente para quem usufrui do CSI (Complemento Solário para Idosos), não contempla um aumento universal das pensões.
Convém em cada proposta explicar com clareza quanto custa, quem contempla, como se financia. O PSD não pode ser mais do mesmo, com truques e alçapões. O PSD anteriormente chumbou estas alterações que agora propõe.
O PSD chega ao poder se for claro, metódico, congruente e honesto. Não vale andar em carrossel eleitoral. As feiras populares também têm carrosséis, farturas, mas também carrinhos de choque.
O PSD há tempos propôs que todos os portugueses tivessem ADSE, mas omitiu que quem tem ADSE desconta 3,5% do seu ordenado, há uma minoria de funcionários públicos que nada paga porque ganha abaixo de 700€.
O PSD propôs a baixa de IRS, mas feitas as contas há uma norma travão no Orçamento do Estado que inviabiliza tal procedimento.
O Governo, antes de ir embora, tem cedido em vários aspetos às reivindicações de vários sectores, a começar pela carreira de técnico superior. Os médicos não se vão calar, os enfermeiros idem aspas e os professores estão à espera de nova ofensiva.
Esta febre eleitoral pode dar para torto. A tentação de dar e não se saber de onde vem esse dinheiro é grave e irresponsável.
O PSD tem de ser diferente, falar verdade e dizer 'não' quando o tiver de fazer. O PSD tem de ter personalidade e honestidade intelectual para ter o respeito dos portugueses."
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