Aliança Democrática: PSD, CDS e independentes juntam-se em coligação

Esta Aliança Democrática, que regressa sem o Partido Popular Monárquico (PPM), compromete-se a protagonizar uma "mudança na política" do país.

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© Horacio Villalobos#Corbis/Corbis via Getty Images

Notícias ao Minuto
21/12/2023 18:08 ‧ 21/12/2023 por Notícias ao Minuto

Política

Crise política

O Partido Social Democrata (PSD) e CDS-Partido Popular anunciaram, esta quinta-feira, ter-se aliado a um "conjunto de personalidades independentes" para criar ditar o regresso da Aliança Democrática, que abrangerá tanto as eleições legislativas do dia 10 de março, como as eleições europeias, e ainda os sufrágios nas Regiões Autónomas da Madeira e dos Açores.

"Os presidentes do Partido Social Democrata e do CDS-Partido Popular acordaram hoje propor aos órgãos nacionais dos respetivos partidos a celebração de um acordo político para a formação da Aliança Democrática, uma coligação pré-eleitoral com o horizonte do atual ciclo político, abrangendo as eleições legislativas e europeias de 2024 e em sintonia com os compromissos regionais para as eleições nas Regiões Autónomas da Madeira e dos Açores de 2023 e 2024, respetivamente, e com os entendimentos de base local para as eleições autárquicas de 2025", detalhou o partido liderado por Luís Montenegro, em comunicado enviado às redações.

Nessa linha, os membros da coligação "valorizam e acolhem, entre outras, a iniciativa e as ideias do 'Manifesto por uma Alternativa Reformista e Moderada'", que foi "subscrito por mais de 100 personalidades notáveis da sociedade portuguesa e divulgado no recente dia 15 de dezembro".

Esta Aliança Democrática, que regressa sem o Partido Popular Monárquico (PPM), comprometeu-se, na mesma nota, a protagonizar uma "mudança na política" do país, pautada por "muito mais ambição, para elevados níveis de prosperidade, de crescimento da economia e dos rendimentos e oportunidades para todos os portugueses".

A coligação disse ainda pretender adotar uma "coragem reformista que fomente a competitividade das empresas, a qualificação dos portugueses, a inovação e geração de valor acrescentado, o reforço do Portugal empreendedor e exportador, a valorização do mundo rural, que salve e reabilite o Estado Social do definhamento em curso, e que assegure a todos os portugueses a saúde, educação e habitação acessíveis e com qualidade", além de uma "forte consciência social e baseada na dignidade da pessoa humana, para combater a pobreza, reativar a mobilidade social, valorizar a família, retomar a exigência na educação e que volte a confiar nas instituições sociais do terceiro setor".

Os partidos assumiram também ambicionar colocar em vigor uma governação que "tenha elevada exigência ética, integridade, responsabilidade política, respeito pela separação de poderes e pelas instituições, e empenho efetivo no combate à corrupção e tráfico de influências", bem como que seja "moderada, europeísta, atlantista e lusófona, defensora da liberdade, da igualdade de oportunidades, da segurança dos cidadãos e da defesa do país, respeitadora da propriedade privada, que aposte no desenvolvimento sustentável e valorize a cultura, os valores, a língua e as comunidades portuguesas".

Recorde-se que o primeiro-ministro, António Costa, apresentou a sua demissão ao Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, a 7 de novembro, devido a uma investigação judicial sobre a instalação de um centro de dados em Sines e negócios de lítio e hidrogénio, que levou o Ministério Público a instaurar um inquérito autónomo no Supremo Tribunal de Justiça que o visa.

O chefe de Estado aceitou de imediato a demissão do primeiro-ministro e formalizou a demissão do Governo na passada quinta-feira, dia 7 de dezembro, com efeitos a partir de dia 8. Por seu turno, apontou a dissolução do Parlamento para 15 de janeiro, no contexto das eleições legislativas antecipadas, marcadas para 10 de março.

[Notícia atualizada às 18h26]

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