O eurodeputado do Partido Socialista Democrata (PSD) Paulo Rangel acusou, na segunda-feira, o secretário-geral do Partido Socialista (PS), Pedro Nuno Santos, de imitar o líder social-democrata, Luís Montenegro, na apresentação da proposta do aumento do salário mínimo para mil euros até 2028.
No programa 'Crossfire', da CNN Portugal, o político disse "não compreender" as críticas feitas ao líder do seu partido sobre o facto de não apresentar propostas concretas. "Se há partido que tem apresentado propostas ao longo de 2023 e já depois da marcação de eleições é o PSD", considerou.
Paulo Rangel defendeu que "a proposta de salário mínimo" que Pedro Nuno Santos apresentou foi também anunciada por Luís Montenegro numa entrevista dada há cerca de um mês.
"Há um efeito de imitação, julgo eu, de Pedro Nuno Santos", atirou. "Não me venham cá [dizer] que não há propostas".
Questionado sobre o porquê de Luís Montenegro não ter "reforçado" as propostas do PSD durante a oficialização do acordo de coligação da Aliança Democrática (AD), Rangel frisou que a área da Saúde foi "clarinha" ao longo da apresentação da AD e "foi a grande falha do Congresso do PS e do discurso de Pedro Nuno Santos".
"No momento em que estamos a viver, aquilo que se esperava do líder do PS não é que viesse propor a Saúde Oral", atirou, lembrando os recentes casos de elevada espera nas urgências dos hospitais portugueses, que "exigia uma resposta de Pedro Nuno Santos".
Sublinhe-se que o 24.º Congresso Nacional do PS decorreu entre os dias 5 e 7 de janeiro, na Feira Internacional de Lisboa (FIL), em Lisboa. No evento, entre outras medidas, o novo secretário-geral do partido propôs aumentar o salário mínimo para pelo menos 1.000 euros até ao final da próxima legislatura, em 2028,
Já no domingo, 7 de janeiro, decorreu a assinatura da coligação Aliança Democrática, que reúne PSD, CDS-PP, PPM e independentes em listas conjuntas para as legislativas e europeias.
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