"Estamos aqui a ver amendoim. A costa Norte da ilha de São Miguel foi exportadora de amendoim para o mercado nacional e para o mercado espanhol. Neste momento, importamos da China. É preciso retomar estas produções", sustentou aos jornalistas Nuno Barata, cabeça de lista pelos círculos de São Miguel e da compensação nas legislativas regionais de 04 de fevereiro.
Ao quinto dia de campanha, a IL esteve hoje na Feira Agrícola de Sant'Ana, no concelho da Ribeira Grande, ilha de São Miguel, com o dirigente regional da IL a alertar que é preciso "voltar a produzir coisas que produzimos desde sempre"
Acompanhado pelo presidente da IL, Rui Rocha, o líder açoriano da IL preconizou maior apoio técnico "no terreno" aos agricultores, formação "mais diversificada" e potenciar a divulgação dos produtos locais junto dos mercados nacionais e internacionais.
"A IL defende já há bastante tempo a diversificação da agricultura nas áreas da fruticultura, da horticultura", disse Nuno Barata, para quem é preciso aumentar a produção de produtos para consumo local.
É preciso "diminuir as importações e melhorar a nossa balança de transações, que é uma coisa que se foi agravando. Somos hoje mais importadores do que exportadores", acrescentou o candidato.
No entender de Nuno Barata, falta ainda "um apoio das autarquias" aos produtores locais.
"Não é fechando mercados tradicionais, transformando-os em hamburguerias mais contemporâneas que se resolve o problema. Os produtores precisam de espaços para venderem os seus produtos", defendeu.
Antes de deixar o mercado agrícola de Sant'Ana o candidato disse, em declarações aos jornalistas, que a IL saberá, em 05 de fevereiro, dia a seguir às eleições açorianas, "interpretar a vontade dos açorianos, com o mesmo sentido de responsabilidade, com o mesmo sentido estratégico" que souberam interpretar em 25 de outubro de 2020, ato eleitoral onde a Iniciativa Liberal elegeu um deputado, Nuno Barata.
"Nós não temos medo das decisões do povo. Nós somos corajosos, queremos mudar Portugal. Queremos mudar os Açores. Queremos mudar a Madeira", sublinhou ainda o candidato.
Em 2020, o PS venceu, mas perdeu a maioria absoluta, surgindo uma coligação pós-eleitoral de direita, suportada por uma maioria de 29 deputados, após a assinatura de acordos de incidência parlamentar com o Chega e a IL (que o rompeu em 2023). PS, BE e PAN tiveram, no total, 28 mandatos.
O Presidente da República dissolveu o parlamento açoriano e marcou eleições antecipadas para 04 de fevereiro após o chumbo do Orçamento para este ano.
Onze candidaturas concorrem às legislativas regionais: PSD/CDS-PP/PPM (coligação que governa a região atualmente), ADN, CDU (PCP/PEV), PAN, Alternativa 21 (MPT/Aliança), IL, Chega, BE, PS, JPP e Livre.
Leia Também: IL acusa Governo dos Açores de "deixar na gaveta" vários projetos