O líder da Iniciativa Liberal (IL), Rui Rocha, criticou, esta segunda-feira, duas medidas apresentadas no programa eleitoral do Partido Socialista (PS) em relação aos médicos, considerando serem "gravosas e intoleráveis".
"A primeira é a possibilidade de os médicos, no caso de um dia optarem por fazer a sua carreira profissional no estrangeiro, terem de devolver o custo da sua formação", começou por referir aos jornalistas, após uma reunião com Jorge Roque da Cunha, presidente do Sindicato Independente dos Médicos, em Lisboa.
"A outra é uma espécie de prisão para os médicos que teriam de ficar no SNS [Serviço Nacional de Saúde] um determinado período de tempo também para compensar a formação que obtiveram", acrescentou.
Para o líder liberal, "não é assim que se resolvem as coisas" e as medidas "mostram o desespero de Pedro Nuno Santos e do PS face à situação de degradação a que deixaram a que o SNS e as carreiras médicas chegassem".
Rui Rocha destacou a necessidade de "criar as condições para que haja motivação dos médicos" para fazerem o seu trabalho de "forma digna e com condições".
"O que é preciso fazer é uma coisa muito simples: racionalidade da gestão", considerou, explicando que tal passaria por não "contratar à peça" e "valorizar as carreiras médicas".
Sublinhe-se que o programa eleitoral do PS - um documento de 144 páginas, intitulado ‘Plano de Ação para Portugal Inteiro’ - foi apresentado, no domingo, pelo secretário-geral do partido, Pedro Nuno Santos.
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