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"Discordo" de "tudo o que seja para manter ciclo" de Albuquerque no PSD

Alberto João Jardim reitera que os últimos acontecimentos devem levar ao fim do ciclo político de Miguel Albuquerque no PSD/Madeira.

"Discordo" de "tudo o que seja para manter ciclo" de Albuquerque no PSD
Notícias ao Minuto

19:36 - 19/02/24 por Notícias ao Minuto

Política Madeira

O ex-presidente do Governo da Madeira Alberto João Jardim voltou a defender, esta segunda-feira, o fim do ciclo político de Miguel Albuquerque à frente do PSD regional. 

Em declarações à CNN Portugal, Alberto João Jardim mostrou-se também crente quanto à inocência dos três detidos no âmbito das suspeitas de corrupção na Madeira. 

"Disse sempre que não me acreditava em qualquer ilegalidade por parte dos três indevidamente detidos", afirmou.

"Também disse que este era o momento ideal para terminar o ciclo político dentro do PSD. Que era o ciclo de uma linha autointitulada 'a renovação'. Acho que terminou esse ciclo e tudo o que seja para manter esse ciclo eu discordo", acrescentou.

De notar que, já no passado mês de janeiro, num espaço de comentário na RTP-Madeira, o histórico dirigente social-democrata, que liderou o executivo madeirense e a estrutura regional do PSD entre 1978 e 2015, havia defendido esta ideia, considerando que o PSD/Madeira tinha de ter novas caras.

Já depois das declarações de hoje, Miguel Albuquerque deu uma conferência de imprensa, na qual revelou que o PSD/Madeira convocou um Congresso a 20 e 21 de abril e eleições diretas a 23 de março, apresentando, como quase certa, a hipótese de ser candidato à liderança. 

"Quase de certeza que serei candidato à liderança do PSD/Madeira", disse. 

Em 24 de janeiro, a Polícia Judiciária realizou cerca de 130 buscas domiciliárias e não domiciliárias sobretudo na Madeira, mas também nos Açores e em várias zonas do continente, no âmbito de um processo que investiga suspeitas de corrupção ativa e passiva, participação económica em negócio, prevaricação, recebimento ou oferta indevidos de vantagem, abuso de poderes e tráfico de influência.

Miguel Albuquerque foi constituído arguido e foram detidos o então presidente da Câmara do Funchal, Pedro Calado (PSD), que renunciou entretanto ao cargo, o líder do grupo de construção AFA, Avelino Farinha, e o principal acionista do grupo ligado à construção civil Socicorreia, Custódio Correia.

A Madeira realizou eleições para a Assembleia Legislativa Regional em 24 de setembro, pelo que uma eventual dissolução pelo Presidente da República só poderá ocorrer depois de 24 de março, segundo a lei, que impede os parlamentos de serem dissolvidos durante seis meses após eleições.

O representante da República na Madeira, Ireneu Barreto, anunciou no sábado que vai manter o Governo Regional (PSD/CDS-PP), de gestão, em funções, até Marcelo Rebelo de Sous, decidir se dissolve a Assembleia Legislativa.

Leia Também: "Serei candidato à liderança do PSD Madeira", anuncia Miguel Albuquerque

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