Estas posições foram transmitidas por José Luís Carneiro no discurso que proferiu no comício do PS, no Theatro Circo, em Braga, antes do encerramento por parte do secretário-geral, Pedro Nuno Santos.
"Temos de nos mobilizar ainda mais até ao dia 10 de março, porta a porta, rua a rua, café a café, para lembrar as conquistas que fizemos nestes 50 anos de democracia. Não há melhor forma de comemorarmos Abril do que termos o PS -- o partido que sempre defendeu a liberdade, a democracia e o pluralismo" -- à frente dos destinos do país", sustentou.
No seu discurso, José Luís Carneiro criticou a oposição de direita, separando-a em dois grupos distintas: A primeira, "aquela que não apresenta qualquer alternativa consistente" ao programa do PS.
"Essa direita transite uma imagem que apouca Portugal e que em nada contribui para a esperança e para a construção de um país melhor. Ora estão contra o aumento do salário mínimo, ora exigem maior celeridade na valorização salarial", apontou o cabeça de lista do PS por Braga, antes de considerar que a proposta fiscal da Aliança Democrática "irá agravar as desigualdades".
De acordo com o atual ministro da Administração Interna, embora sem citar o Chega, "há uma outra direita que gravita entre a defesa de um Estado natureza, entre a afirmação da lei do mais fortes, até àqueles que têm uma visão revisionista do percurso de Portugal desde 1974".
"Essa direita o que não queria é que tivesse acontecido o 25 de Abril, que trouxe a liberdade, a igualdade, a justiça e a fraternidade. As conquistas foram imensas", advogou o "número um" do PS por Braga.
Na sua intervenção, José Luís Carneiro defendeu que está em curso no distrito de Braga "o maior volume de investimento público desde 1976", estimando que com o Programa de Recuperação e Resiliência (PRR) sejam 842 milhões de euros.
"Contradiz o mito que a direita andou a construir que o PRR só seria absorvido pelo Estado, já que temos mais de duas mil empresas em Braga a beneficiarem", disse.
Na área da saúde, deixou um pedido ao secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, se chegar a primeiro-ministro: O Hospital de Barcelos com capacidade de cirurgia de ambulatório.
"Há dois anos assumimos um compromisso e os nossos adversários procuram que esse nosso compromisso não se cumpra. Esse compromisso terá de ser assumido pelo futuro Governo. E gostaria que, contigo como primeiro-ministro, esse compromisso fosse honrado, porque isso faz parte de um objetivo de todo este território", acrescentou.
[Notícia atualizada às 21h10]
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