Ana Catarina Mendes falava no final de uma arruada no Barreiro, num discurso que antecedeu o do secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, e que se seguiu ao do presidente da Câmara, Frederico Rosa.
Nas suas primeiras palavras, a ministra prestou homenagem ao "vulto da cultura", o realizador de cinema António-Pedro Vasconcelos, que hoje faleceu.
De acordo com Ana Catarina Mendes, nos lados da AD, entrou-se "em delírio" e "a perplexidade é maior quando se ouve Paulo Portas, o ministro da demissão irrevogável" no executivo de Pedro Passos Coelho, "falar sobre demissões".
"Estamos conversados", reagiu, numa alusão ao discurso feito pelo antigo líder do CDS-PP, na terça-feira à noite, sobre as circunstâncias em que ocorreu a demissão de Pedro Nuno Santos das funções de ministro das Infraestruturas e da Habitação, em dezembro de 2022, no terceiro Governo de António Costa.
A ministra Adjunta e dos Assuntos Parlamentares atacou depois outras figuras da AD, que, segundo ela, representam "um regresso ao passado".
"Pasme-se, o retrocesso é tal que Paulo Núncio [dirigente do CDS e candidato pela AD] veio dizer que é preciso um novo referendo ao aborto. Depois de amanhã [na sexta-feira], celebramos o dia da mulher - e é bom que se preste homenagem às mulheres deste país, esperando que não voltem atrás os seus direitos", declarou.
Antes, acusou a AD de ter "entrado em delírio", apresentando figuras como o antigo primeiro-ministro Durão Barroso, que "manifestou orgulho pelos resultados da troika, que trouxe empobrecimento e desemprego".
Ana Catarina Mendes referiu-se ainda a outro ex-primeiro-ministro, o social-democrata Pedro Passos Coelho, por colocar em causa a política de imigração, contrapondo que Portugal "é um país para todos" e que Setúbal "e um distrito que representa a diversidade".
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