"Nem o CDS-PP foi muleta nem o PSD foi barriga de aluguer. Os votos de uns e de outros foram absolutamente decisivos para a vitória sobre o PS e as esquerdas e um novo ciclo político", considerou Nuno Melo, à entrada do 31.º Congresso do CDS-PP, que decorre hoje e domingo, em Viseu.
Na sua opinião, "o CDS mostrou utilidade também pelos votos que somou à direita" nas eleições legislativas do passado dia 10 de março, nas quais os centristas foram a votos na coligação Aliança Democrática, que juntou PSD, CDS-PP e PPM.
"O CDS foi decisivo, o CDS não entrou onde está por favor", sublinhou.
Nuno Melo salientou que os centristas estão numa coligação governativa com o PSD "transportando a sua singularidade", como partido "democrata-cristão, humanista, personalista, aberto a correntes liberais, conservadoras".
"Não faria sentido nenhum uma coligação se o CDS não acrescentasse, o CDS acrescenta, acrescentou votos, mandatos e a nossa singularidade. Nós não nos diluímos", assegurou.
O líder dos centristas considerou que hoje entrega o CDS "num estado muito melhor do que no comício de 2022" quando foi eleito presidente, em Guimarães.
"Devolvemos o CDS a um lugar que é quase de direito, de partido fundador, histórico, mas também com muito futuro, já no governo a resolver os problemas das pessoas", defendeu.
Depois de ter apresentado na última reunião magna dos centristas uma moção estratégica global intitulada "Tempo de Resistir", Melo salientou que nesta reunião apresenta-se perante os congressistas com um texto no qual defende que é "Tempo de Crescer".
"No caso, o partido tem que atualizar a mensagem, chamar pessoas, apoiar-se nos melhores, resolver os problemas que existem, nomeadamente através de uma ação paramentar e através do governo, em áreas que são de Estado no que tem a ver com a Defesa e a Administração Interna mas não só", disse.
Melo sublinhou que o CDS "é um partido útil, que resolve problemas, que tem quadros capazes" e que se assume como "fator de estabilidade".
O CDS-PP reúne-se hoje e domingo em congresso para reeleger Nuno Melo como presidente e escolher os novos órgãos, cerca de um mês depois das legislativas que marcaram o regresso do partido ao parlamento e ao Governo.
[Notícia atualizada às 12h23]
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