"Sabemos que o ID (Identidade e Democracia, grupo político do Parlamento Europeu que integra o Chega) tem ligações à Rússia e a Putin e dizem-no abertamente. Este tipo de ligações só vem provar algo que o Livro diz há muito tempo, que a extrema-direita e o Chega estão no Parlamento Europeu para destruir a democracia por dentro", considerou.
Francisco Paupério, que esteve hoje em campanha em Coimbra, reagia às buscas nos gabinetes de um colaborador do Parlamento Europeu em Bruxelas e Estrasburgo, no âmbito de uma investigação sobre suspeitas de ingerência russa e corrupção.
Segundo uma fonte próxima do caso, as buscas em curso visam um antigo assistente parlamentar do eurodeputado alemão Maximilian Krah, do partido de extrema-direita Alternativa para a Alemanha (AfD).
"Não é um primeiro, nem segundo, nem terceiro sinal. É algo comum dentro do grupo do Chega e a União Europeia (UE) terá de fazer alguma coisa em relação a isso", continuou o candidato às eleições europeias de 09 de junho, sublinhando que esse será um momento decisivo.
"Os portugueses têm que decidir se querem uma UE de paz, cooperação, solidariedade e com futuro, ou um a UE decepada, com menos estados-membros e guerras internas", afirmou.
Olhando para os próximos cinco anos, Francisco Paupério alertou que as próximas eleições serão decisivas para a defesa da democracia, mas também para a defesa do planeta, no que respeita às metas climáticas, e lembrou que "o mandato não pode ir abaixo a meio".
"Todas as crises que vão aparecer vão ter de ser resolvidas por este Parlamento Europeu. Dia 09 de junho, a população tem a escolha de decidir como é que queremos resolver essas crises", insistiu.
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