Costa no CE? "Estados-membros não deram crédito ao MP nem à PGR"
O ex-presidente do Partido Social Democrata (PSD) Rui Rio saudou o procurador Rosário Teixeira que veio a público dizer que o ex-primeiro-ministro não é suspeito no caso que levou à sua demissão do Governo, uma vez que não foi constituído arguido.
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Política Rui Rio
O ex-presidente do Partido Social Democrata (PSD) Rui Rio considerou que a eleição de António Costa para presidente do Conselho Europeu "é uma vergonha para a justiça portuguesa". Ainda assim, Rio saudou o procurador Rosário Teixeira que veio a público dizer que o ex-primeiro-ministro não é suspeito no caso que levou à sua demissão do Governo, uma vez que não foi constituído arguido.
"Finalmente há alguém que vem a público esclarecer alguma coisa", começou por referir Rui Rio em entrevista à SIC Notícias. Para o antigo dirigente do PSP, as declarações de Rosário Teixeira vieram "dar razão às criticas todas que têm acontecido, porque fazem um terramoto político, atiram com um Governo abaixo e no fim nada".
Referindo-se ao que aconteceu após à saída do Governo de António Costa, Rui Rio considerou que a nomeação do ex-primeiro-ministro para a presidência do Conselho Europeu "é, na prática, uma vergonha para a justiça portuguesa". "Quer dizer que todos os demais estados-membros, ao mais alto nível, acabaram por não dar crédito nenhum ao Ministério Público e à PGR portuguesa e nomearam na mesma o doutor António Costa".
"Se houvesse confiança e credibilidade da parte da justiça portuguesa, em particular o Ministério Público, jamais uma pessoa dessas podia ser nomeada quase por consenso", afirmou Rui Rio.
O ex-presidente do PSD defendeu que não se pode dar pensar em dar ao MP "toda a liberdade e mais alguma" para investigar, sem se considerar também na liberdade que lhe é dada "para não investigar".
“Acham que nunca na vida houve denúncias que deviam ser investigados e não foram?", questionou Rio, mencionado investigações a partidos políticos ou a clubes de futebol que nunca terão acontecido.
Rui Rio foi ainda questionado sobre a possibilidade de o atual primeiro-ministro, Luís Montenegro, avançar com uma reforma na justiça e respondeu que "mexer na justiça não traz votos".
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