A Iniciativa Liberal (IL) considerou, esta segunda-feira, que a socialista Marta Temido foi "uma candidata fraca" às eleições europeias e teve "pouca capacidade ideológica para se explicar na sua entrevista" à RTP1, que foi recentemente criticada pela Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC).
Em causa está uma entrevista conduzida pelo jornalista José Rodrigues dos Santos no âmbito das eleições europeias, às quais Marta Temido foi cabeça de lista do Partido Socialista (PS). Na semana passada, a ERC considerou que a entrevista, "pela forma como foi conduzida, afastou-se do registo de factualidade" e "é suscetível de prejudicar o direito dos telespetadores de serem informados".
No entanto, segundo frisa a IL numa nota publicada nas redes sociais, a "liberdade de imprensa é absolutamente indispensável à democracia" e a "independência e autonomia dos jornalistas para fazerem o seu trabalho é inestimável para ter uma democracia saudável".
Lembrando que "José Rodrigues dos Santos fez várias entrevistas aos candidatos às eleições europeias dos vários partidos", incluindo ao candidato liberal João Cotrim Figueiredo, "onde colocou à prova a área ideológica e partidária do candidato contra todos os preconceitos e argumentos de oposição", o partido defendeu que a "é responsabilidade do candidato saber explicar, desconstruir os preconceitos expostos e saber defender em como a sua posição é a que contribuiu para um melhor Portugal".
Dando o exemplo de Cotrim Figueiredo, que conseguiu explicar "magistralmente porque é que o que é apontado ao capitalismo é falso e em como o liberalismo é a solução", a IL considerou que "Marta Temido não soube responder às questões e explicar a sua posição".
"Foi uma candidata fraca e com pouca capacidade ideológica para se explicar na sua entrevista e isso é apenas sua responsabilidade. Ao jornalista cabe ter o critério editorial que lhe é adequado para o que está em causa, e ser muito exigente com políticos que estão a pedir votos é serviço público", atirou.
"A candidata socialista deu uma má entrevista. A ERC vem em seu socorro comprometendo com a sua deliberação a liberdade de imprensa", acusou ainda.
️ A ERC e a democracia em Portugal
— Iniciativa Liberal (@LiberalPT) August 26, 2024
A Liberdade de imprensa é absolutamente indispensável à democracia. A independência e autonomia dos jornalistas para fazerem o seu trabalho é inestimável para ter um democracia saudável.
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Sublinhe-se que, de acordo com o documento ‘Participações contra a RTP1 a propósito da exibição de uma entrevista a Marta Temido, cabeça de lista pelo PS às eleições europeias’, datado de 7 de agosto, a ERC analisou "três participações contra a RTP1" a propósito da exibição no Telejornal, no dia 5 de junho de 2024, de uma entrevista a Marta Temido, cabeça de lista do PS às eleições europeias.
ERC critica RTP1 por entrevista a Temido: "Afastou-se da factualidade"
A ERC considera que a entrevista na RTP1 à candidata do PS às europeias Marta Temido, "pela forma como foi conduzida, afastou-se do registo de factualidade" e "é suscetível de prejudicar o direito dos telespetadores de serem informados".
Lusa | 10:28 - 23/08/2024Feita a análise, o Conselho Regulador deliberou "salientar a relevância e a responsabilidade dos meios de comunicação social nos períodos eleitorais como ferramentas essenciais para informar e esclarecer as escolhas dos cidadãos" e "verificar que, na entrevista analisada, não foi conferido espaço à entrevistada para expor os seus pontos de vista".
Além disso, o regulador nota que "a entrevista, pela forma como foi conduzida, afastou-se do registo de factualidade e das regras de condução da entrevista jornalística" e constata "que a forma como decorreu a entrevista é suscetível de prejudicar o direito dos telespetadores de serem informados, conforme garante a Constituição da República Portuguesa, no n.º 1 do seu artigo 37.º", de acordo com a deliberação.
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