Demissões no Garcia de Orta? "Demagogos estão em enormes dificuldades"

O antigo presidente da Assembleia da República Augusto Santos Silva acusou os "demagogos" de recorrerem ao "truque mais básico", ou seja, "deitar as culpas para outros e forçar quedas de outras cabeças".

Notícia

© Global Imagens

José Miguel Pires com Lusa
05/09/2024 12:05 ‧ 05/09/2024 por José Miguel Pires com Lusa

Política

Garcia de Orta

O antigo presidente da Assembleia da República Augusto Santos Silva comentou, "a propósito das demissões no Hospital Garcia de Orta", em Almada, que "os demagogos estão em enormes dificuldades": "Disseram que bastava mudar o governo e apresentar um plano, para que tudo se resolvesse, e não só nada se resolve, como se agrava".

 

De seguida, "consultada a cartilha, os demagogos recorrem ao truque mais básico: deitar as culpas para outros e forçar quedas de outras cabeças, para não caírem as suas", escreveu Santos Silva nas redes sociais.

Lá, argumentou que "a culpa, querem fazer-nos crer, está exclusivamente em quem 'executa' - a direção do SNS ou do INEM, as administrações dos hospitais".

"Vai daí, se a situação vivida em Almada é insustentável, pois mande-se abaixo a administração do Garcia de Orta - e, cautelarmente, enfie-se na nova um socialista, para embaraçar o seu partido", continuou Santos Silva.

Para o antigo líder do Parlamento, "o mais curioso é que, sendo este truque mais velho do que o arroz de 15, há sempre um socialista disponível para abençoá-lo".

A direção executiva do Serviço Nacional de Saúde decidiu na terça-feira afastar a administração da ULSAS, que integra o Hospital Garcia de Orta (Almada) e o Agrupamento de Centros de Saúde de Almada-Seixal, no distrito de Setúbal.

Teresa Luciano será substituída por Jorge Seguro Sanches, ex-governante socialista que assumiu funções de secretário de Estado Adjunto e da Defesa Nacional, de 2019 a 2022, e de secretário de Estado da Energia, de 2015 a 2018, em governos liderados por António Costa.

A demissão da administração recebeu também críticas da presidente da Câmara Municipal de Almada, Inês de Medeiros, que considerou inaceitável a forma como o processo foi conduzido.

"Fui totalmente surpreendida. Consideramos inaceitável a forma como isto é anunciado", disse Inês de Medeiros em declarações à agência Lusa, manifestando-se solidária para com a presidente destituída.

Leia Também: Vários responsáveis de saúde contra destituição de administração

Partilhe a notícia

Produto do ano 2024

Descarregue a nossa App gratuita

Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Leia também

Últimas notícias


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas