Ana Abrunhosa diz que ministra "é frágil". "Tem de atender o telefone"

A ex-ministra da Coesão Territorial considera que Montenegro tem dado "a cara" pelo Governo nos incêndios para esconder a fragilidade da ministra da Administração Interna.

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© Maria João Gala / Global Imagens

Notícias ao Minuto
20/09/2024 08:13 ‧ 20/09/2024 por Notícias ao Minuto

Política

Incêndios

A ex-ministra da Coesão Territorial e atual deputada do PS Ana Abrunhosa considera que o primeiro-ministro, Luís Montenegro, esteve bem em "anular a sua agenda" perante a "gravidade da situação" que o país viveu com os incêndios esta semana, mas diz que o governante só o fez para esconder as fragilidades da ministra da Administração Interna, Margarida Blasco.

 

"Compreendo e até sei porque é que o primeiro-ministro dá a cara, porque a ministra é frágil. Se o primeiro-ministro começar a dar a cara nas situações em que os ministros que têm de dar a cara são frágeis vamos ter um primeiro-ministro a desgastar-se sucessivamente. Admito que a gravidade da situação justifica as palavras e que o primeiro-ministro tenha anulado a sua agenda, mas nada justifica a ausência da ministra com a pasta", defendeu Ana Abrunhosa numa entrevista na quinta-feira à CNN Portugal.

Apesar das críticas à ministra da Administração Interna, a socialista elogiou o ministro que a substituiu na pasta da Coesão Territorial, que vê como "politicamente forte" e "adequado para esta no terreno".

"É incompreensível que não esteja ladeado da ministra da Administração Interna porque estamos a falar ainda de Proteção Civil, que é importante durante os incêndios, mas também é importante depois. Há ações de correção e conversas com a Proteção Civil e com os autarcas que têm de ser feitas depois dos incêndios. A ministra tem de atender o telefone, sobretudo numa situação destas", afirmou a ex-ministra da Coesão Territorial.

"Os dois partidos devem estar unidos"

Ana Abrunhosa quis também sublinhar que o importante agora é que os dois maiores partidos, PSD e PS, mostrem união para enfrentar as consequências destes "incêndios terríveis".

"É o momento de apagar os incêndios, apoiar as vítimas e depois colocar-se-ão questões que serão importantes. Depois de 2017 fizemos mudanças, mas revelaram-se insuficientes. Os dois partidos devem estar unidos numa reforma que tem de continuar a ser feita", acrescentou.

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