O presidente do Governo da Madeira, Miguel Albuquerque vincou, esta sexta-feira, que "o povo madeirense não se deixa enganar", em referência à moção de censura apresentada pelo Chega ao Governo Regional na Assembleia Legislativa.
“Se pensam que vão encontrar soluções para fragilizar o PSD e sobretudo soluções forjadas nos bastidores e nas costas do povo estão muito enganados. O povo madeirense não se deixa enganar", reitera Miguel Albuquerque, em declarações aos jornalistas, no Aeroporto da Madeira.
Miguel Albuquerque aponta que a moção mostra "mais uma vez o Chega a servir de bengala para a Esquerda".
O presidente do Governo da Madeira defende que "quem tem legitimidade não é quem fala mais alto ou quem diz barbaridades na televisão" e garante que "o PSD/Madeira nunca teve medo de ir a eleições ou teve? Eu fui eleito em setembro de 2023, fui eleito em maio de 2024 e se for preciso vou outra vez a eleições, não tenham dúvidas sobre isso".
"O que os partidos da oposição querem é ganhar na secretaria aquilo que não ganham nas urnas", sublinha o chefe do executivo madeirense.
O líder do Chega/Madeira, Miguel Castro exigiu a demissão de Miguel Albuquerque, que descreveu como "um entrave para haver uma estabilidade política", na sequência das investigações judiciais que estão a ser feitas ao presidente do Governo Regional e a quatro secretários regionais, tendo todos sido constituídos arguidos.
Numa reação aos argumentos do Chega, Miguel Albuquerque realçou hoje que "não há nenhum facto ou qualquer ato ilícito provado em tribunal contra qualquer titular de cargos políticos" do seu governo.
"Achamos que neste momento o governo liderado por Miguel Albuquerque e Miguel Albuquerque não têm condições para liderar a Região Autónoma da Madeira", referiu o líder regional do Chega, admitindo retirar a moção se for apresentada uma outra solução para o executivo.
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