O presidente do Governo da Madeira assegurou que não serão realizadas eleições internas no partido, considerando que essa situação beneficiaria os adversários, e defendeu eleições legislativas regionais antecipadas "o mais rapidamente possível".
"As eleições irão decorrer o mais rapidamente possível porque não temos condições para refrear o desenvolvimento económico da Madeira", garantiu Miguel Albuquerque em reação imediata à moção de censura de que o seu Governo Regional foi alvo, esta terça-feira.
"A ideia é que não vai haver congresso extraordinário, não vamos entrar numa situação de guerra dentro do partido", garantiu, defendendo que o "partido tem que estar unido"
Albuquerque admitiu "conversar com todos os militantes", mas reforçou: "Não vou alimentar uma situação que será suicidária para o PSD, que é termos novas eleições internas".
"Eleições para ganhar"
O governante defendeu ainda que "não há tempo" para este tipo de eleições e que "a Madeira não pode ficar sem governo, nem orçamento que isso causa prejuízo", garantindo ainda que vai a "eleições para ganhar".
Assumindo que a aprovação do documento "era expectável", apontou que o Chega é um "fator de instabilidade" e "um instrumento ao serviço da esquerda e do socialismo". "Esta moção imposta por André Ventura é um disparate", referiu.
O social-democrata realçou que o PSD vai pedir eleições antecipadas ao representante da República para a Madeira, Ireneu Barreto, que ouvirá agora os partidos com representação parlamentar. Albuquerque reafirmou ainda que será o cabeça-de-lista em possíveis novas eleições antecipadas e garantiu estar disponível para "conversar com todos os militantes", incluindo Manuel António Correia, com quem disputou as últimas internas da estrutura regional, em março.
Recorde-se que a Assembleia Legislativa da Madeira aprovou hoje, por maioria, a moção de censura apresentada pelo Chega ao Governo Regional minoritário do PSD, liderado por Miguel Albuquerque, o que implica a queda do executivo.
[Notícia atualizada às 12h03]
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