Saudação nazi? "Apanhado de surpresa": Arruda explica-se a Aguiar-Branco

O deputado não inscrito Miguel Arruda foi acusado por Rui Tavares, do Livre, de ter feito uma saudação nazi na Assembleia da República.

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© Reprodução X/sofiaapereira7

Notícias ao Minuto
11/02/2025 10:38 ‧ há 4 horas por Notícias ao Minuto

Política

Miguel Arruda

Miguel Arruda, o deputado não inscrito acusado de ter feito a saudação nazi no Parlamento, garantiu ao presidente da Assembleia da República, José Pedro Aguiar-Branco, que foi "apanhado de surpresa" pelas acusações e afirmou que o Livre quis "procurar momentos para ter notoriedade".

 

Na sexta-feira, o dirigente do Livre, Rui Tavares, acusou o ex-deputado do Chega de ter feito a saudação nazi "de forma consciente e deliberada" no Parlamento, quando sinalizou o seu sentido de voto.

Num e-mail enviado a Aguiar-Branco, a que o jornal Observador teve acesso, o deputado - que se desvinculou do Chega após ter sido constituído por furto de malas no aeroporto de Lisboa - afirmou que foi "obviamente apanhado de surpresa por tais declarações".

"Limitei-me a assinalar o meu sentido de voto, tentando também chamar a atenção do Ex.mo Sr. Vice-Presidente, que presidia então aos trabalhos, o deputado Marcos Perestrello, que seguramente pela novidade da minha situação de deputado não inscrito, nunca referiu o meu sentido de voto nas votações que decorreram", lê-se na comunicação, citada pelo jornal online.

Miguel Arruda garantiu ainda que nunca pretendeu "nada mais do que votar e que esse voto fosse registado em conformidade".

"Entendo a necessidade do deputado Rui Tavares procurar momentos para ter notoriedade, mas que sejam conseguidos por factos e não por opiniões infundadas e à custa do bom nome de colegas deputados", atirou.

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Após baixa, Miguel Arruda na AR faz... "saudação nazi"? O que se sabe

O dirigente do Livre, Rui Tavares, acusou o deputado não inscrito Miguel Arruda de fazer "de forma consciente e deliberada", durante o voto, "o gesto da saudação fascista, nazi ou romana". O deputado negou e disse que estava apenas a esticar o braço para "sinalizar o meu sentido de voto".

Notícias ao Minuto com Lusa | 16:49 - 07/02/2025

Rui Tavares fez uma interpelação à mesa da Assembleia da República para denunciar que Miguel Arruda, pelo menos por duas vezes, "de forma consciente e deliberada", votou "fazendo o gesto da saudação fascista, nazi ou romana".

"E é um facto que em qualquer parlamento europeu ou qualquer Parlamento do mundo tem uma gravidade enorme, porque é uma afronta aos valores democráticos", declarou.

Na altura, Miguel Arruda defendeu que estava apenas a "sinalizar o sentido de voto" e justificou que "há vários líderes a fazerem o mesmo, até de Esquerda".

Já na segunda-feira, quando questionado sobre a alegada saudação nazi, José Pedro Aguiar-Branco alertou que os deputados não foram eleitos para serem polícias uns dos outros.

"Tanto quanto sei, eu não estava na sessão, o deputado não inscrito já terá dito que não tinha intenção de fazer qualquer gesto que tivesse essa leitura. Devo dizer que nós não somos polícias de outros deputados. Não fomos eleitos para sermos polícias de uns e outros", defendeu.

Saudação nazi?

Saudação nazi? "Não fomos eleitos para sermos polícias de uns e outros"

O presidente da Assembleia da República, José Pedro Aguiar-Branco, alertou hoje que os deputados não foram eleitos para serem polícias uns dos outros, quando questionado sobre a alegada saudação nazi feita pelo ex-deputado do Chega Miguel Arruda.

Lusa | 13:35 - 10/02/2025

Miguel Arruda, deputado eleito pelo Chega nos Açores nas últimas eleições, desvinculou-se deste partido e passou à condição de deputado não inscrito depois de ter sido acusado pelo Ministério Público de furto qualificado de malas no aeroporto de Lisboa.

Leia Também: Saudação nazi? "Não fomos eleitos para sermos polícias de uns e outros"

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