"União Europeia nunca quis saber da paz, nunca se afirmou como mediadora"

A eurodeputada do Bloco de Esquerda defende a criação de um mecanismo europeu de cooperação europeia para a Defesa.

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© Horacio Villalobos#Corbis/Corbis via Getty Images

Notícias ao Minuto
18/02/2025 07:54 ‧ há 2 dias por Notícias ao Minuto

Política

Catarina Martins

A eurodeputada e ex-coordenadora do Bloco de Esquerda, Catarina Martins, afirmou que a "União Europeia nunca quis saber da paz", acabando por não se afirmar como "mediadora de processos de paz desde o primeiro momento". Deu o exemplo da guerra na Ucrânia e defendeu a criação de um "mecanismo europeu de cooperação europeia para a Defesa".

 

"É preciso haver uma articulação europeia, mas a União Europeia nunca quis saber da paz, nunca se afirmou como mediadora de processos de paz desde o primeiro momento. Desde o início da guerra da Ucrânia que temos vindo a defender que é importantíssimo, além do apoio ao país e condenação da Rússia porque o povo ucraniano tem direito ao seu território, soberania e autodeterminação como qualquer outro. A UE podia ter-se afirmado, desde sempre, como mediadora para um processo de paz", defendeu Catarina Martins no programa Linhas Vermelhas, da SIC Notícias.

Já Cecília Meireles, ex-deputada do CDS, destaca que, para os Estados Unidos, a Europa "passará a ser irrelevante", o que será uma "mudança do ponto de vista estratégico".

"Crescemos num mundo em que havia vários blocos, em que os nossos aliados e parceiros estratégicos eram os Estados Unidos e havia uma aliança transatlântica, a NATO. Hoje em dia o que se percebe da política externa norte-americana é que há um bloco, que é os EUA, e depois há mais dois blocos: um é a China, que corresponde à realidade, e outro é a Rússia, em que há uma hipervalorização da Rússia. A Europa só tem uma alternativa: fazer demonstrações de força, mas não basta querer, é preciso poder", acrescentou Cecília Meireles.

Recorde-se que o presidente francês, Emmanuel Macron, reuniu-se na segunda-feira em Paris com os principais líderes da UE, NATO e Reino Unido para desenhar a estratégia europeia face às conversações promovidas pelos Estados Unidos para acabar com a guerra na Ucrânia, iniciada há três anos com a invasão russa daquele país.

Antes dessa reunião, Macron teve um telefonema com o homólogo norte-americano, Donald Trump, informou a Casa Branca.

Segundo o gabinete presidencial dos EUA, ambos os líderes "tiveram uma conversa telefónica amigável" que durou "aproximadamente 30 minutos".

Leia Também: Trump e Macron tiveram chamada "amigável" antes da reunião de líderes

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