Gouveia e Melo reagiu, esta terça-feira, a partir de Fátima, onde está de visita a um centro de estudos, aos resultados das eleições da Madeira que, no domingo, deram a vitória (novamente) ao PSD e a Miguel Albuquerque, apesar de sem maioria absoluta.
Para o putativo candidato às eleições presidenciais, "quando a população vota dá um sinal político e os políticos devem ser capazes de interpretar esse sinal" e é essa interpretação que vai fazer com que os políticos façam ou não "o que a população espera deles".
"Os partidos têm de interpretar o resultado das eleições. O sistema partidário é essencial para a democracia porque é através dele que os cidadãos se organizam em interesses e esse sistema para ser útil para a democracia tem de saber interpretar o resultado das eleições. As eleições são soberanas. Quando a população vota dá um sinal muito óbvio a esses políticos", atirou, realçando que "a governação, com estabilidade é importantíssima para o país", principalmente, na atualidade.
"Vivemos um momento crítico a nível internacional, não só na área da Defesa mas até também na área da Economia. Portanto, a estabilidade é importante. Mas, também, com a estabilidade tem de haver credibilidade e tem de haver, de alguma forma, um programa concreto que possa ser submetido aos portugueses, que devem votar de forma informada e essas opções têm de ser discutidas, em vez de discutir coisas muitas vezes laterais às opções", rematou o ex-chefe de Estado-Maior da Armada, com um sorriso nos lábios.
Sublinhe-se que, de acordo com os resultados oficiais provisórios da Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna, o PSD obteve 62.085 votos (43,43%) e 23 lugares na Assembleia Legislativa Regional da Madeira, constituída por um total de 47 deputados, falhando por um mandato a maioria absoluta.
A segunda força política mais votada foi o Juntos Pelo Povo (JPP), que alcançou 30.094 votos (21,05%) e 11 mandatos no parlamento regional, enquanto o PS passou de segundo para terceiro lugar, com 22.355 votos (15,64%) e oito lugares.
O Chega elegeu três deputados, com 7.821 votos (5,47%), o CDS-PP conquistou um mandato com 4.288 votos (3,00%) e a IL também um mandato, com 3.097 votos (2,71%).
[Notícia atualizada às 12h51]
Leia Também: Já há acordo na Madeira. CDS-PP fica com pasta dos Assuntos Sociais