"Papel do próximo Presidente vai ser decisivo. Temos de mudar de vida"

Luís Marques Mendes considerou ser o "mais capaz" para assumir a Presidência da República - face ao almirante Gouveia e Melo -, e explicou por que razão.

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Notícias ao Minuto
09/04/2025 23:56 ‧ há 6 dias por Notícias ao Minuto

Política

Luís Marques Mendes

O candidato presidencial Luís Marques Mendes foi o convidado da rubrica 'Importa-se de repetir', emitida pela SIC Notícias esta quarta-feira. No espaço, o também ex-comentador do canal falou sobre os debates, que se iniciaram esta semana, e também sobre o papel do próximo Presidente da República, "seja ele quem for."

 

"O caso destas eleições está definido numa palavra: Estabilidade. A estabilidade vai a questão mais importante no momento em que os portugueses vão votar. E acho que Luís Montenegro e Pedro Nuno Santos já perceberam isso", defendeu, lembrando momentos em que tanto o primeiro-ministro como o líder da oposição já apelaram ao voto útil.

E o antigo comentador reforçou que a estabilidade será mesmo a "questão nuclear", no sentido das "condições para governar". "Mais do que a questão da empresa do primeiro-ministro, mais do que propostas eleitorais", considerou, apontando que as pessoas já estão "fartas" e "incomodadas" com eleições.

Quando aos debates, Marques Mendes considerou que nestes deveria abordado com mais força o panorama internacional, que é algo "nunca visto". "Tudo isto vai agravar muito. No momento em que há uma crise internacional, as pessoas valorizam mais a ideia de estabilidade. Estabilidade vai ser decisiva", reforçou.

Vamos ter de mudar de vida. Não podemos estar numa situação tão precária como temos estado nos últimos tempos. Acho que o papel do próximo Presidente da República, seja ele qual for, vai ser a esse respeito decisivo

E Belém?

Entre as Legislativas e Belém, Marques Mendes começou por considerar que, se Portugal continuar com um Governo minoritário, há outra questão "nuclear".

"Vamos ter de mudar de vida. Não podemos estar numa situação tão precária como temos estado nos últimos tempos. Acho que o papel do próximo Presidente da República, seja ele qual for, vai ser a esse respeito decisivo", apontou, defendendo que, no caso de existir um governo minoritário, os partidos do arco da governação vão ter de se entender, nomeadamente, comprometendo-se a não apresentar moções de censura - exceto em casos extraordinários -, a fazer o mesmo com moções de confiança e também em negociar Orçamentos.

"É mínimo dos mínimos. Não é nenhum Bloco Central, nem Geringonça. São condições de governação. Não são de política, são de governação [...]. Estas três condições são o mínimo dos mínimos para garantir o mínimo de estabilidade", classificou. 

Se eu não achasse ser o mais capaz para esse efeito, não teria apresentado a minha candidatura

Marques Mendes alertou ainda que a população portuguesa vai reclamar um Presidente que "seja mediador", fazendo com que os partidos consigam aproximar posições.

Questionado sobre se este 'acordo' era mais fácil de ser colocado em prática por alguém com passado político ou perfil militar, numa referência a Henrique Gouveia e Melo, Marques Mendes respondeu: "Com toda a franqueza. Se eu não achasse ser o mais capaz para esse efeito, não teria apresentado a minha candidatura", afirmou, defendendo novamente a ideia da "estabilidade".

"Toda a vida fui assim. Não falo de fazer pontes, aproximar posições, de um Presidente mediador, porque agora sou candidato. Fiz um pacto para a Justiça há vinte anos. Isto é aproximar posições - não é na teoria, é na prática", afirmou, exemplificando com o seu passado, entre o qual a revisão constitucional. 

"Não é uma questão de currículo, é questão de experiência. Gouveia e Melo é militar competente, acho que isso é óbvio. Teve um papel de grande relevância na vacinação. Eu fui talvez a pessoa que mais o elogiou no espaço público. O problema é que a Presidência da República é o cargo mais político em Portugal, e ali precisa-se de experiência. Uma pessoa sem experiência política pode ser eleita, é decisão dos portugueses. Mas não é a mesma coisa do ponto de vista depois de saber lidar com estas situações. Quem tem experiência, à partida tem melhores condições", defendeu Luís Marques Mendes.

Note-se que o Almirante Gouveia e Melo ainda não apresentou a sua candidatura a Belém, mas nos últimos tempos tem aparecido no espaço público - e registou como marca o 'Movimento Gouveia e Melo Presidente'.

Leia Também: Vai-se candidatar a Presidente? Gouveia e Melo já sabe, mas ainda não diz

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