PSD contra novo traçado do TGV em Gaia preocupado com alteração ao estudo

O PSD votou contra o novo traçado da linha de alta velocidade em Gaia manifestando preocupações com as alterações ao estudo prévio, mais traçado a céu aberto e custos aos munícipes, disse o vereador Rui Rocha Pereira.

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Lusa
10/04/2025 20:28 ‧ há 4 dias por Lusa

Política

TGV

"Vejo com alguma preocupação estas alterações ao estudo prévio inicial. Por um lado, o que estava previsto era que o território de Vila Nova de Gaia ia ter um atravessamento na ordem dos 13 quilómetros e cerca de 10 seriam em túnel, e o remanescente em escavação, e agora invertem-se os papéis, cerca de cinco quilómetros em túnel e o remanescente em escavação", disse durante a reunião de Câmara de hoje, em que foram apresentadas as propostas pelo consórcio LusoLav.

 

Rui Rocha Pereira manifestou esta posição após uma apresentação do consórcio LusoLav, reiterando-a no momento da votação das propostas.

Em causa esteve uma proposta de alteração do consórcio LusoLav (Mota-Engil, Teixeira Duarte, Alves Ribeiro, Casais, Conduril e Gabriel Couto), responsável pela linha de alta velocidade entre Porto e Oiã, para mudar em dois quilómetros a localização da estação de Gaia e fazer duas pontes sobre o Douro em vez de uma rodoferroviária.

A proposta será ainda votada na Assembleia Municipal pelas 21:00.

No entender de Rui Rocha Pereira, com essa solução haveria "enormes impactos (...) junto da população quer durante a execução da obra, pelos atravessamentos", mas também "para futuro", como "impactos visuais, impactos acústicos e demais".

"Também manifesta-me alguma preocupação a questão de termos duas pontes em vez de uma ponte", referiu, "por uma questão de financiamento", alertando para a possibilidade de haver encargos para os municípios na gestão de uma ponte separada.

O vereador do PSD considerou ainda que a possibilidade de não haver ligação direta a duas linhas metro em Santo Ovídio, mas apenas uma (na solução a sul apenas haveria ligação à linha Rubi) poderia pôr em causa "a joia da operação".

"Esta nova estação, que até tenho a certeza que é de muito mais fácil execução, e com uma redução substancial de custos para o consórcio, não tem as conexões, em termos de ligações de metro, como já tem a atual estação", aponta.

Segundo o vereador da oposição na Câmara de Gaia, nada garante "que a ligação da linha Rubi ficará concluída atempadamente do início da operação".

"É sempre uma solução que é mais imperfeita em termos de acessbilidades. Só terá um acesso numa linha de metro e vai obrigar sempre a um transbordo de quem utilizar, por exemplo, a Linha Amarela", sustentou.

Apesar da nova estação proposta pelo LusoLav até poder ter "melhores acessos", atualmente há o desígnio coletivo de "cada vez menos querer menos trânsito", defendeu.

As propostas não vinculativas do consórcio LusoLav para alterar o traçado da linha de alta velocidade em Vila Nova de Gaia foram hoje aprovadas pela maioria socialista na Câmara de Gaia, com votos contra dos dois vereadores do PSD.

Foram votados três pontos separados: um dizendo respeito à solução de duas pontes, outro à alteração de traçado e outro referente à mudança de local da estação, todos com o mesmo resultado.

O presidente da Câmara, Eduardo Vítor Rodrigues, disse hoje que a solução proposta não anula a solução anterior, referindo que "a estação de Santo Ovídio será sempre uma alternativa viável até decisão por parte da tutela" e que "em nenhuma circunstância, poderá estar em causa a estação de Gaia ou o projeto nacional, elemento central para o projeto e para a região".

"A solução proposta não exclui a hipótese original, antes avaliza uma hipótese alternativa que se enquadra na zona delimitada como corredor de Alta Velocidade pelo concurso internacional lançado pelo Estado", disse também.

O Governo disse hoje estar em diálogo com a IP sobre o tema, e tanto a IP como a Câmara do Porto disseram desconhecer as propostas.

Leia Também: Gaia diz que nova proposta para TGV não anula solução anterior

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