André Ventura promete "maior pacote anticorrupção" da história do país

O presidente do Chega prometeu criar "o maior pacote anticorrupção da história" do país e voltar a colocar o tema das creches na agenda nacional, se o partido ganhar as eleições legislativas antecipadas do dia 18 de maio.

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© Horacio Villalobos#Corbis/Getty Images

Lusa
14/04/2025 06:29 ‧ ontem por Lusa

Política

André Ventura

André Ventura apresentou estas duas garantias no domingo à noite, nos Açores, e disse que serão para concretizar se o partido vencer as legislativas ou "se tiver o poder de condicionar o próximo exercício de Governo".

 

"A primeira, é que voltaremos a colocar na agenda nacional, a prioridade para os filhos de quem trabalha no acesso às creches em todo o território nacional. E vamos garantir que quem trabalha tem prioridade na colocação dos seus filhos", afirmou.

A segunda garantia está relacionada com o combate à corrupção, disse o líder do Chega perante cerca de 200 militantes e simpatizares, segundo fonte do partido, num jantar comício na cidade da Ribeira Grande, na ilha de São Miguel, nos Açores, no âmbito da pré-campanha para as legislativas.

"A garantia que é a nossa missão de vida, porque é uma garantia que vem da história deste partido. É que, não é no dia 02, nem no dia 03, nem no dia 05, nem no dia 10 a seguir a ganharmos as eleições é no dia um. No dia um a seguir [ao ato eleitoral], nós vamos apresentar, em Lisboa, o maior pacote anticorrupção da história de Portugal", afirmou.

André Ventura disse que aquilo que está a acontecer com o primeiro-ministro, Luís Montenegro, "não é muito diferente do que aconteceu com o José Sócrates há uns anos atrás".

"E muitos de nós fomos permissivos, muitos de nós pensámos, deixem lá o homem trabalhar, isto é perseguição. Nós tornámo-nos um país tolerante à corrupção, tolerante ao pequeno enriquecimento e dizemos para nós próprios, todos fazem o mesmo", declarou.

Depois de defender que é preciso acabar com a ideia de que "todos fazem o mesmo", considerou necessário que o país dê "um passo atrás" na história.

"Sabem o que é que faz falta, e que nós nos propomos a fazer no dia um [a seguir à eleições], é que quem tenha indícios fortes de corrupção, veja o seu património - ouçam, leiam os meus lábios -, todo, todo apreendido até ao último cêntimo, todo apreendido até ao último cêntimo das suas contas bancárias", afirmou o líder do Chega.

"Se fizermos isto, eles vão começar a pensar, 'não vale a pena, é perigoso, é um risco para mim e para a família'. Enquanto não o fizermos, meus amigos, nós não seremos um país melhor que outros países da América do Sul inundados em corrupção", prosseguiu.

Por isso, referiu que o desafio do dia 18 de maio "não é pequeno"

"Que ninguém vote em mim, que ninguém vote no Francisco [Lima, o cabeça-de-lista pelos Açores], que ninguém vote no Chega se quiser um governo igual ao PSD e ao PS. Que ninguém vote no Chega se não quiser fazer um corte a sério, como vocês nunca viram na vossa vida", disse a finalizar o discurso.

O líder regional do Chega/Açores, José Pacheco, falou de vários problemas da região e disse que são discutidos há anos. "O que andam a fazer os nossos deputados eleitos pelos Açores?", questionou.

Por sua vez o cabeça-de-lista pelo círculo eleitoral dos Açores, Francisco Lima, atual deputado regional, afirmou que a eleição de um deputado do Chega pelos Açores na Assembleia da República "vai falar diferente" e contribuirá para que muitos dos problemas do arquipélago sejam resolvidos.

Nas eleições de março de 2024, a coligação PSD/CDS-PP/PPM venceu no círculo eleitoral dos Açores, com 39,84% dos votos dos 106.273 eleitores, elegendo dois deputados, seguindo-se o PS, com 29,18% e dois deputados, e o Chega com 15,76% dos votos, com um deputado (Miguel Arruda, que passou a independente por suspeita do furto de malas em aeroportos).

Leia Também: Ventura pede a Montenegro esclarecimento em nome da "saúde da campanha"

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