"Crescimento sustentável" depende de reforma do euro
No último verão, o nome de Maria João Rodrigues surgiu entre os potenciais para ser escolhida pelo Governo para comissária europeia. Mas a escolha do Executivo acabou por recair sobre Carlos Moedas.
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Política Maria João Rodrigues
Maria João Rodrigues, antiga ministra do Emprego de António Guterres e atual eurodeputada pelos socialistas, considera que “a Europa não pode regressar a uma rota de crescimento sustentável” sem que se faça uma reforma ao nível da governação no euro.
A posição é defendida em entrevista ao Jornal de Negócios, onde a eurodeputada, ainda que defendendo a disciplina orçamental porque “sem ela o euro não sobrevive”, considera que a Europa deve apostar “em fatores de futuro em vez de prosseguir com a degradação dos seus salários e do seu modelo social”.
Na perspetiva de Maria João Rodrigues, falta um Orçamento do euro, uma alteração que poderia ter três funções: “Proteger os países contra choques assimétricos, complementar a capacidade de investimento nacional e oferecer incentivos a reformas estruturais”, discrimina.
Porém, este debate ainda se encontra em ‘banho-maria’ na Europa, numa altura em que sobram dúvidas sobre se a Grécia irá continuar na zona euro – e, se sim, em que condições.
Além desta questão, a eurodeputada socialista revela que na Europa ainda há divisões de opinião. A Alemanha, por exemplo, insiste nas reformas e, como tal, mostra-se favorável a uma “maior integração”. Já a França mostra dificuldades em “ceder soberania”, adianta em entrevista ao Jornal de Negócios.
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