"A vontade do povo não é juntar perdedores e criar uma nova maioria"

"Confiança politica na nossa democracia” pode estar em risco, defende Pedro Lomba.

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Notícias Ao Minuto
26/10/2015 10:30 ‧ 26/10/2015 por Notícias Ao Minuto

Política

Pedro Lomba

Normal">Num artigo de opinião no jornal Público, Pedro Lomba recorda qual o papel de um Presidente da República, considerando que nas duas últimas semanas tem havido uma “desconsideração” impensável para com Cavaco Silva.

Lembrando que “a escolha para primeiro-ministro do líder da força política mais votada em eleições é uma regra”, o secretário de Estado considera que Cavaco agiu bem e que não é possível “modificar abruptamente a convenção contra a vontade de dois partidos”.

A nomeação é uma competência do presidente da República, pelo que, defende, “não cabe à “Sra. Deputada Catarina Martins […] decretar o fim de um governo” nem ao “Sr. Deputado António Costa […] autoproclamar-se líder de uma suposta solução de governo”.

“Respeitar a vontade do povo não é juntar os perdedores e, com isso criar uma nova maioria; é obrigar a maioria vencedora a ceder, a negociar, a transigir”, lembra, defendendo que o “a desconsideração do espaço de decisão do Presidente da República atingiu “níveis impensáveis”.

Esta “mudança abrupta das regras de legitimidade” significam que o “nosso sistema político pode ser rompido”, o que pode provocar uma “rutura das regras de confiança politica na nossa democracia”, atira.

 

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