Normal">Num artigo de opinião no jornal Público, Pedro Lomba recorda qual o papel de um Presidente da República, considerando que nas duas últimas semanas tem havido uma “desconsideração” impensável para com Cavaco Silva.
Lembrando que “a escolha para primeiro-ministro do líder da força política mais votada em eleições é uma regra”, o secretário de Estado considera que Cavaco agiu bem e que não é possível “modificar abruptamente a convenção contra a vontade de dois partidos”.
A nomeação é uma competência do presidente da República, pelo que, defende, “não cabe à “Sra. Deputada Catarina Martins […] decretar o fim de um governo” nem ao “Sr. Deputado António Costa […] autoproclamar-se líder de uma suposta solução de governo”.
“Respeitar a vontade do povo não é juntar os perdedores e, com isso criar uma nova maioria; é obrigar a maioria vencedora a ceder, a negociar, a transigir”, lembra, defendendo que o “a desconsideração do espaço de decisão do Presidente da República atingiu “níveis impensáveis”.
Esta “mudança abrupta das regras de legitimidade” significam que o “nosso sistema político pode ser rompido”, o que pode provocar uma “rutura das regras de confiança politica na nossa democracia”, atira.