O deputado comunista Jorge Machado reagiu hoje à contratação da ex-ministra Maria Luís Albuquerque por uma empresa inglesa de recuperação de dívidas que negociou com o Banif, considerando tratar-se de uma contratação que “levanta sérias dúvidas” motivo pelo qual é necessário apurar a existência de “promiscuidades entre o poder económico e político”.
Jorge Machado alegou ainda haver uma “violação do estatuto dos deputados", dado que a ex-governante "não cumpriu o período de nojo” que está imposto no “regime de impedimentos a que os deputados estão obrigados”.
Por estes motivos, o deputado fez saber que o PCP pretende levar “o caso à subcomissão de ética" para aferir "a legalidade desta contratação". “Há dúvidas que temos de ver aclaradas e a deputada deve promover a aclaração destas dúvidas”, defendeu referindo que uma possível demissão de Albuquerque deve partir “da sua consciência pessoal”.
Esta quinta-feira, a empresa Arrow Global, empresa britânica de gestão de dívida, anunciou a contratação de Maria Luís Albuquerque para o cargo de diretora não-executiva e chefe de operações no Reino Unido.
A Arrow Global é gestora de mais de 5.500 milhões de euros de ativos em Portugal através das subsidiárias Whitestar e Gesphone, e que tem entre os seus clientes o Banif.