"Não é uma situação que possa ser displicentemente tratada. Terão de existir explicações sobre essa matéria", vincou César, que falava à margem de uma visita à feira de turismo BTL.
E prosseguiu: "Uma coisa é certa: a AR deve apreciar, no âmbito da sua [sub]comissão de ética, essa conformidade", até porque é importante haver uma "definição clara" dos interesses dos políticos.
Para César, tem de haver uma "separação entre aquilo que tem de ser separado em abono da qualidade e transparência" da vida política, e nesse sentido a contratação da antiga ministra do PSD pela empresa Arrow Global deve ser avaliada.
Maria Luís Albuquerque confirmou hoje a sua contratação pela Arrow Global para administradora não executiva, defendendo já não ter "nenhuma incompatibilidade ou impedimento legal" com atuais ou anteriores funções políticas.
"A função de administradora não executiva não tem nenhuma incompatibilidade ou impedimento legal pelo facto de ter sido ministra de Estado e das Finanças e de ser deputada. Qualquer outra leitura que possa ser feita desta nomeação só pode ser entendida como mero aproveitamento político-partidário", afirmou Maria Luís Albuquerque, em comunicado.
A ex-ministra das Finanças foi nomeada para diretora não executiva do grupo Arrow Global, o qual tem em Portugal clientes como o Banif, o Millennium BCP ou o Montepio, com efeitos a 7 de março e que a agora deputada vai integrar o comité de risco e auditoria.
O PCP já anunciou que vai levar a matéria à subcomissão parlamentar de Ética.