"Moção de censura não danifica imagem externa"
A conselheira das instituições da União Europeia, Maria João Rodrigues, entende que é necessário “relativizar” a moção de censura que o PS apresentou contra o Governo, e que foi debatida e chumbada quarta-feira no Parlamento, sublinhando que “não danifica a imagem externa do País”. A antiga ministra deixou, contudo, um alerta: “Para ultrapassar uma crise desta natureza é preciso ir mais longe na reforma” da zona euro.
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Política Maria João Rodrigues
No dia em que o Parlamento debateu e chumbou a moção de censura do PS ao Governo, a antiga ministra e actual conselheira das instituições da União Europeia, Maria João Rodrigues, disse, na TVI24, não acreditar que a mesma danifique “a imagem externa do País”.
No entanto, Maria João Rodrigues chamou a atenção para o que classificou de “ilusão (…) que tem que se desvanecer no caso português que é pensar que se isto correr bem, termina a situação de resgate e aí recuperamos a nossa completa liberdade e independência”.
“Não é assim. Para ultrapassar uma crise desta natureza é preciso ir muito mais longe na reforma da chamada união económica e monetária. Nós, Portugal, temos que estar activos nesse debate e aliarmo-nos com os actores que querem puxar no bom sentido, no sentido que realmente permita ultrapassar uma crise desta natureza”, defendeu a conselheira europeia, acrescentando que Portugal não tem sido activo “o suficiente” nessa matéria.
Na opinião de Maria João Rodrigues, Portugal deve “dizer claramente o seguinte: ‘Nós queremos pagar a nossa dívida, mas para tal temos que voltar a crescer’”. Caso contrário, salienta, “não é possível pagar a dívida” e “daí decorre que o ritmo da redução do défice tem que ser razoável, sensato, para permitir que o País volte a crescer”.
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