O ministro Manuel Heitor disse ontem, no Parlamento, que “não há praxes boas e praxes más”, admitindo ser “manifestamente contra as praxes” e garantindo que “é isso” que vai “escrever a todos os dirigentes estudantis”.
“Hoje é de facto o combate a esses movimentos que tem que ser considerado do ponto de vista político, mas sobretudo da comunicação do que deve ser o Ensino Superior”, acrescentou.
Nesta senda, a Juventude Social-Democrata (JSD) reagiu e, num comunicado enviado ao Notícias ao Minuto, criticou a posição assumida pelo ministro.
A JSD começa por lembrar que a “praxe académica praticada em Portugal tem raízes antigas e, quando bem realizada, promove a integração de forma recreativa, lúdica e pedagógica”.
Admitindo que existem excessos durante algumas praxes, a JSD reitera que são “práticas altamente recrimináveis e que cabe a todos denunciar”. Porém, defende que a maioria das praxes “resulta em momentos de bom convívio”.
“Numa sociedade séria e evoluída devemos rejeitar a parte pelo todo ou o todo pela parte. Temos, isso sim, de, com espírito crítico e seriedade, sem embarcar em considerações que demonstram falta de conhecimento da realidade, preconceito de gabinete ou mero populismo, tratar de forma diferente o que é diferente”, lê-se no comunicado.
Assim, a JSD garante que “prática fascizante é achar-se dono de uma razão universal, é proibir todas as práticas apenas porque em alguma se verificam desvios”.