A semana política tem sido marcada pelas declarações de Hélder Amaral, deputado do CDS que, em representação do partido, realçou a proximidade com o partido no poder em Angola, liderado por José Eduardo dos Santos.
Em visita à Feira de Artesanato de Lagoa, Assunção Cristas reagiu à polémica. Questionada por jornalistas, a líder centrista optou primeiro por criticar o executivo de António Costa, falando de um mês de agosto “múltiplo de asneiras”, referindo depois atrasos nas devoluções no IRS e as alterações ao IMI, bem como o processo na administração da CGD.
Após insistência, e sem se referir diretamente às declarações de Hélder Amaral, que mereceram inclusive críticas públicas de outros centristas, Assunção Cristas realçou que “o CDS sempre foi no passado, continua a ser e continuará a ser, um partido que pugna pela liberdade e pelo pluralismo partidário”.
A expressão “liberdade e pluralismo partidário” seria repetida várias vezes, enquanto a ex-governante justifica que “pela primeira vez fomos [CDS] convidados por um partido de Angola [MPLA] com o qual não tínhamos ainda tido oportunidade de contactar ao nível de um congresso”.
“Tínhamos tido com outros”, explicou ainda, acrescentando que “o que está aqui em causa é o aprofundar de relações entre países, em prol dos portugueses, das empresas que exportam para Angola e dos portugueses que vivem em Angola”
“O CDS não mudou de política”, afirmou ainda, acrescentando que “todos os outros partidos estiveram também em Luanda”, pese embora partidos com assento parlamentar como o Bloco, o PAN e Os Verdes não tenham estado presentes em Luanda.