O défice das Administrações Públicas atingiu 3.990 milhões de euros até agosto deste ano em contas públicas, menos 81 milhões de euros do que o registado no mesmo período de 2015, divulgou hoje o Ministério das Finanças, que revelou também que o défice das Administrações Públicas atingiu 3.990 milhões de euros até agosto deste ano em contas públicas, menos 81 milhões de euros do que o registado no mesmo período de 2015.
"Os dados da execução orçamental do mês de agosto revelados agora merecem uma grande preocupação ao PSD e penso que devem resfriar o otimismo de todos aqueles que têm estado a olhar para esta realidade sem olhar de frente e sem perceber o que está a acontecer no país", disse o deputado do PSD Duarte Pacheco aos jornalistas no parlamento.
Duarte Pacheco deixou um apelo claro ao Governo liderado pelo socialista António Costa para que "faça tudo o que lhe for possível, porque é a sua responsabilidade, para que o país cumpra os objetivos com que se comprometeu".
"O Governo deve fazer os possíveis e os impossíveis para que essas metas sejam respeitadas. Se não for assim, depois de uma cooperação tão grande do senhor Presidente da República, de uma cooperação tão grande das instituições europeias, de uma cooperação tão grande de uma maioria que aqui faz tudo o que o Governo quer, não tem desculpas se não alcançar aquilo com que se comprometeu", avisou.
Detalhando os números hoje conhecidos, o deputado do PSD diz que em termos de défice "fica muito claro que, face ao mês anterior, em que havia uma margem de mais de 400 milhões de euros face ao ano anterior, neste momento está praticamente igual".
"Se olharmos só para a administração central e segurança social, há mesmo um agravamento em mais de 240 milhões de euros. A administração regional e a administração central têm as suas contas mais controladas que as contas centrais. Porque é que isto acontece? Porque a receita fiscal está em queda", explicou.
Segundo Duarte Pacheco, "o Governo previa que a receita fiscal crescesse cerca de 3%, mas em vez de crescer está em queda" e "os impostos que eles já previam cair, caem muito mais", enquanto "aqueles que eles previam que crescesse, crescem muito menos", com a exceção dos impostos indiretos sobre combustíveis e tabaco.
"Esta diminuição da receita é dramática e mostra que infelizmente para o nosso país a economia está à beira da estagnação porque se tivéssemos uma economia a crescer com dinamismo, as receitas teriam outra evolução", lamentou.
O deputado do PSD explicou ainda que "o défice só não se agrava mais porque o Governo faz duas coisas: para o investimento público e os pagamentos em atraso agravaram-se em 26% face ao início".
"Corta-se no investimento e não se paga despesa corrente. E assim aparentemente temos a despesa controlada", disse.