"Este é o momento em que de facto as reformas deviam estar a ser feitas, porque agora há espaço orçamental, porque agora há maior compreensão de Bruxelas, porque agora não temos aqui a troika a respirar-nos no pescoço a cada três meses e a dizer o que podemos fazer e o que não podemos fazer", sustentou.
Durante a apresentação da candidatura de Joaquina Domingues à Câmara de Fornos de Algodres, Maria Luís Albuquerque sublinhou que o país tem todas as condições para as reformas poderem ser levadas a cabo, fruto do esforço dos portugueses nos últimos anos e do trabalho realizado pelo anterior governo de coligação PSD/CDS-PP.
"Não caiu do céu! Nós não encontrámos esta situação em 2011, mas deixámos em 2015 uma situação infinitamente melhor do que aquela que encontrámos e é inacreditável continuar a ouvir dizer até hoje que aquilo que fizemos foi por maldade, por não gostarmos e não nos preocuparmos com as pessoas", acrescentou.
Ao longo do seu discurso, a vice-presidente do PSD apontou ainda o dedo ao governo, acusando-o de se preocupar apenas com alguns portugueses.
"Preocupam-se em manter a 'geringonça' de pé, em fazer o que é necessário para que os dois parceiros [Bloco de Esquerda e PCP], que permitem o governo, não desertem e vão cavalgando a onda das notícias positivas a que temos vindo a assistir, e ainda bem, porque as notícias positivas são positivas para todos nós", referiu.
No entanto, no seu entender, isto não chega, defendendo que é necessário fazer mais, sobretudo numa altura em que há notícias de crescimento económico, redução de emprego, investimento e turismo mais forte.
"Esta é que seria a altura para tratar dos problemas que são difíceis e fazer as reformas difíceis. Porque fazer reformas em altura de crise é muito mais complicado e o PSD que o diga, porque parece que é sempre a fava que lhe sai, ou quase sempre, pelo menos nos últimos anos, e tem feito as coisas difíceis em tempos difíceis", concluiu.