Numa mensagem no seu blogue corporativo, a empresa tecnológica norte-americana afirma que o grupo de 'hackers' conhecido como Nobelium e que age em nome do Estado russo está a "atacar organizações que são parte integrante da cadeia de suprimentos de tecnologia da informação global".
A Microsoft lembrou que a Nobelium é a entidade responsável pelos ciberataques que no final de 2020 conseguiram infiltrar-se nos sistemas do Governo e de empresas dos EUA, através do 'software' SolarWinds, que está vinculado aos serviços de informação externa da Rússia.
Desde maio, a Microsoft registou mais de 140 empresas de tecnologia que foram atacadas pelo Nobelium e que, em pelo menos 14 desses casos, os 'hackers' tiveram sucesso.
As vítimas desta nova onda de ataques cibernéticos são empresas que fornecem serviços de computação em nuvem - um setor que disparou desde o início da pandemia de covid-19 - e outros produtos de tecnologias de informação.
A tática dos piratas informáticos é usar esses fornecedores de tecnologia para obter acesso aos sistemas dos seus clientes.
"Este é outro indicador de que a Rússia está a tentar obter acesso sistemático e de longo prazo a vários pontos da cadeia de fornecimento de tecnologia para estabelecer um mecanismo de vigilância - agora ou no futuro - dessas pessoas ou entidades de interesse para o Governo russo", explicou a Microsoft na sua mensagem.
No final do ano passado, o Nobelium foi capaz de penetrar nos sistemas de pelo menos nove agências e departamentos do Governo dos Estados Unidos, bem como de cerca de 100 empresas do setor privado, atualizando o popular programa de 'software' Orion da empresa norte-americana de tecnologia SolarWinds.
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