Moldova com acordo para roaming mais barato quando dá "boas-vindas à Europa"

A Moldova, que acolhe na quinta-feira a cimeira da Comunidade Política Europeia para dar as "boas-vindas à Europa", anunciou hoje um acordo entre operadores para baixar custos de roaming no país, quando tenta aderir à União Europeia (UE).

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Lusa
31/05/2023 16:44 ‧ 31/05/2023 por Lusa

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Moldova

"Amanhã [quinta-feira] vamos dar as boas-vindas à Europa, com muito orgulho, na nossa casa. O mundo inteiro vai reunir-se em Bulboaca, uma simpática aldeia do nosso país, para debater a segurança energética e uma Europa mais bem conectada e mais próspera e é uma honra para nós sermos os anfitriões da cimeira da comunidade europeia da UE, com a participação de cerca de 50 presidentes, primeiros-ministros e altos funcionários da União Europeia (...) para construir uma Moldova que seja europeia", disse hoje a Presidente do país, a pró-europeia Maia Sandu.

Em declarações numa conferência de imprensa na capital moldava, Chisinau, juntamente com a presidente da Comissão Europeia, Maia Sandu anunciou um "acordo sobre a liberalização das tarifas de roaming" entre operadores privados da UE e da Moldova, que prevê a diminuição das tarifas a partir de 01 de janeiro de 2024.

"Para nós, quando formos para a União Europeia e viajarmos para lá, podermos falar com as nossas famílias (...) com mais frequência e [a um preço] mais barato", referiu.

Este acordo hoje formalizado por operadores de telecomunicações europeus e moldavos para a redução das tarifas de roaming visa benefícios para os cidadãos como para as empresas dos Estados-membros da UE, do Espaço Económico Europeu e da Moldova.

Assinada por signatários da UE como o grupo Orange, o grupo DT e o grupo Telefonica, abrangendo vários Estados-membros, e da Moldova como Orange Moldova, a Moldtelecom e a Moldcell, a declaração de compromissos estabelece um limite máximo para os preços retalhistas.

Também hoje, será lançada oficialmente uma missão civil para reforçar a resiliência do setor da segurança nos domínios da gestão de crises e da luta contra as ameaças híbridas, o que segundo a Presidente moldava permitirá "reforçar o setor da segurança no país".

"É exatamente assim que nos aproximamos da Europa, que nos integramos na União Europeia", elencou Maia Sandu.

Depois de os líderes europeus reconhecerem a Moldova como candidata ao bloco comunitário, em junho de 2022, a UE oficializou na semana passada uma Missão de Parceria na Moldova, com o objetivo de reforçar a resiliência do setor da segurança no país.

A missão, estabelecida em abril passado e a pedido das autoridades moldavas, tem o intuito de reforçar as estruturas de gestão de crises da Moldova e aumentar a sua resiliência a ameaças híbridas, incluindo a cibersegurança e a luta contra a manipulação da informação e a ingerência por parte de agentes estrangeiros, num país que luta há vários anos contra a desinformação e propaganda russa.

Nas declarações à imprensa, um dia antes da cimeira da Comunidade Política Europeia, Maia Sandu falou numa "mensagem muito clara de que a Moldova não está sozinha", assim como "uma prova da unidade do continente europeu".

Também presente na conferência de imprensa, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, descreveu a Moldova esta semana como o "coração político da Europa", falando em "espantosos grandes progressos" que o país está a fazer, na sequência das reformas exigidas para aderir à UE.

Desde outubro de 2021, a UE concedeu mais de mil milhões de euros à Moldova, o que inclui 300 milhões de euros em assistência macrofinanceira este ano.

A Moldova acolhe na quinta-feira a segunda cimeira da Comunidade Política Europeia, a plataforma de cooperação para a segurança e estabilidade da Europa, com 47 líderes da UE e de outros países, agora focada na paz e energia.

Leia Também: Pilar europeu na NATO "indispensável" para "Europa de defesa" ser credível

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