Numa nota enviada à agência Lusa, a organização considera tratar-se da "maior mostra de cinema açoriano e madeirense alguma vez organizada num festival internacional", uma vez que vão ser exibidos 31 filmes e organizadas 21 sessões.
"Queremos especialmente homenagear as ilhas e o povo português em 2024, ano em que se comemora o 50.º aniversário da Revolução dos Cravos, durante a qual o povo corajosamente pôs fim a décadas de ditadura salazarista", justifica a organização.
O festival, que arranca na quarta-feira e decorre até domingo, vai exibir filmes dos realizadores açorianos Gonçalo Tocha, Amaya Sumpsi, Diogo Lima, André Laranjinha, Luis Bicudo e Jorge Monjardino, que vão marcar presença no evento, tal como as produtoras Diana Diegues e Sophie Barbara (que integrará o júri da competição internacional).
O Festival Internacional do Filme Insular de Groix vai mostrar, também, produções filmadas nos Açores e Madeira dos realizadores Joaquim Pinto e Nuno Leonel, Cláudia Varejão, Paulo Abreu, Rodrigo Areias, Catarina Mourão, Solveig Nordlund, Raquel Soeiro de Brito, Acácio de Almeida, Jorge Brum do Canto e Manuel Luis Vieira.
"Esta será a maior mostra internacional dedicada ao cinema açoriano que dará uma maior visibilidade aos filmes feitos nos Açores ou realizados por açorianos", lê-se no comunicado.
Serão ainda organizadas retrospetivas dedicadas aos cineastas Gonçalo Tocha (com os filmes "Balaou" e "É na Terra não é na Lua") e Amaya Sumpsi ("Meu Pescador, meu Velho" e "Entre Ilhas").
O programador Tiago Bartolomeu Costa vai apresentar seis sessões de "filmes históricos açorianos e madeirenses que foram recuperados digitalmente" e na sexta-feira, às 18:30, vai acontecer um debate sobre o tema "Fazer cinema nos Açores: realidades e perspetivas".
O festival vai contar com a presença do escritor e realizador José Vieira, com uma exposição da artista plástica e fotógrafa madeirense Georgina Abreu e atuações dos artistas madeirenses Daniel V. Melim, Mariana Camacho e da associação Xarabanda.
O Festival Internacional de Cinema da Ilha de Groix nasceu em 2001.
Estima-se que 10% da população daquela ilha francesa, que tem cerca de 2.200 habitantes, tenha origem portuguesa, num movimento migratório com origem nos anos 1960.
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