"É para generalizar a prática desportiva a toda a população e não apenas segmentá-la para determinados grupos competitivos", declarou, insistindo: "Queremos que todas as pessoas possam praticar, quer seja o sénior, quer sejam as crianças".
"Queremos investir muito no desporto para todos, na inclusividade do desporto, na participação de todas as pessoas no âmbito do desporto", continuou Carlos Palheira, a propósito de Leiria ter recebido no sábado o título de Cidade Europeia do Desporto.
Questionado sobre se no âmbito da atividade desportiva para pessoas com necessidades especiais está prevista alguma ação, o autarca garantiu que "esta é uma das principais prioridades da candidatura e será alvo de uma atenção especial", assegurando que o município irá "desenvolver iniciativas que tenham como objetivo a inclusão de todos os cidadãos da cidade, independentemente da sua condição".
Carlos Palheira acrescentou que vão ser lançados "concursos para ideias, programas e projetos inovadores na área do desporto no valor de centenas de milhares de euros".
Um dos programas passa por possibilitar aos cidadãos a apresentação de propostas para o desenvolvimento de projetos em várias áreas, como o desporto em idade escolar, de competição ou na vertente desporto para todos.
Neste caso, está prevista uma verba de 100 mil euros, a distribuir por quatro ou cinco projetos, para colocar em prática durante o ano de 2022, explicou Carlos Palheira.
O autarca adiantou que haverá um outro programa semelhante, também com um valor global de 100 mil euros, através do qual serão apoiados 20 projetos, com uma verba de cinco mil euros cada, para ações pontuais.
As propostas apresentadas serão avaliadas posteriormente por uma comissão.
Sem poder quantificar, nesta data, o investimento que a Cidade Europeia do Desporto representará para o município, Carlos Palheira destacou os apoios dados no âmbito do PRO Leiria, regulamento de apoio ao associativismo.
"A Câmara Municipal investe, entre a parte das infraestruturas e a parte das atividades, muito perto de dois milhões de euros" anuais, adiantou, destacando o trabalho em curso no âmbito da melhoria das infraestruturas, com quatro pavilhões em construção, o que "não é muito vulgar" entre os municípios.
Nas Cortes, o pavilhão desportivo inclusivo, que segue recomendações do Comité Paralímpico Português, deverá estar pronto até julho, enquanto o do Clube Atlético de Regueira de Pontes, numa parceria entre câmara e associação, deverá ser inaugurado este mês.
Em Santa Catarina da Serra, o pavilhão, com prazo de execução de cerca de oito meses, também numa parceria que envolve a câmara e o clube local, a União Desportiva da Serra, servirá, além deste, a comunidade escolar e a população.
Acresce o pavilhão do centro escolar dos Marrazes, que "está para concurso público", explicou o vereador, defendendo a proximidade de instalações às populações, para facilitar e para promover e generalizar a prática da atividade física".