"Dado que estão à espera desde fevereiro deste ano, se a administração continuar no rumo de não dar respostas e tornar a adiar as reuniões, e se na reunião do dia 09 de outubro não atender às reivindicações, os trabalhadores decidiram aprovar formas de luta, bem como uma greve com períodos e datas a definir", lê-se numa moção entregue hoje à administração da Efacec.
O documento, a que a agência Lusa teve hoje acesso, foi aprovado na passada quinta-feira, por maioria, num plenário dos trabalhadores dos polos da Maia e da Arroteia da empresa de equipamentos para o setor elétrico.
A agência Lusa tentou obter uma reação da administração da Efacec, o que não aconteceu até ao momento.
Na moção, os trabalhadores reclamam ainda que, "até à mesma data, a administração esclareça qual o valor do subsídio de refeição que paga ao prestador de serviço e qual o destino do valor remanescente".
Os signatários dizem também sentir-se "perseguidos e ameaçados", afirmando que "por tudo e por nada são colocados processos disciplinares em que os trabalhadores são ameaçados a aceitarem o fundo de desemprego, caso contrário serão despedidos com justa causa".
"Os trabalhadores querem os seus postos de trabalho, querem ser respeitados e não querem ter medo de ir trabalhar", sustentam.
Outro dos temas em cima da mesa do plenário foram as alterações de postos de trabalho, que reclamam que "sejam feitas de um modo claro " e "comunicadas por escrito", mencionando "claramente qual o motivo dessa transferência, qual o horário e quais as funções que vão desempenhar".
"Queremos ser respeitados como trabalhadores e como seres humanos", afirmam os trabalhadores na moção.