ANA propõe aos trabalhadores licenças sem vencimento

A ANA - Aeroportos de Portugal propõe aos trabalhadores licenças sem vencimento, redução em 20% do período normal de trabalho durante três meses e o gozo antecipado de férias para reduzir o impacto da crise provocada pelo novo coronavírus.

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© ANA Aeroportos

Lusa
31/03/2020 23:32 ‧ 31/03/2020 por Lusa

Economia

Aeroporto

Numa carta enviada hoje aos trabalhadores, a que a Lusa teve acesso, o presidente executivo da ANA, Thierry Ligonnière, apela "à adesão individual a uma ou mais medidas de apoio", entre as quais constam a atribuição de licenças sem vencimento, redução temporária de 20% do período normal de trabalho durante três meses ou o gozo antecipado de férias relativas a 2020.

A empresa gestora dos aeroportos nacionais anuncia a aplicação de um corte de 20% nos salários da Comissão Executiva, a suspensão da distribuição de prémios durante o período da crise, da revisão da tabela salarial e da atualização do subsídio de refeição até ao final do ano.

Na extensa carta, Thierry Ligonnière informa ainda que "deverão ser gozados os descansos compensatórios já vencidos e as férias relativas aos anos anteriores, até 30 de abril" e que está suspensa a realização de trabalho suplementar, salvo autorização expressa da Comissão Executiva".

Além disso, refere, foram interrompidas as ações de consultoria externa, as contratações e adiadas ações de manutenção preventiva em infraestruturas e equipamentos não críticos.

Assumindo que as medidas já adotadas "serão provavelmente insuficientes" para proteger o emprego, caso a recuperação não aconteça no curto prazo, a ANA apela então à "mobilização voluntária e solidária dos trabalhadores da empresa", através da adesão a uma ou mais das medidas propostas.

"Os diretores e a equipa de recursos humanos irão, nos próximos dias, fornecer mais detalhes sobre estas opções e sobre a adesão às mesmas", explica.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 828 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 41 mil. Dos casos de infeção, pelo menos 165 mil são considerados curados.

Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.

Em Portugal, segundo o balanço feito hoje pela Direção-Geral da Saúde, registaram-se 160 mortes e 7.443 casos de infeções confirmadas. Dos infetados, 627 estão internados, 188 dos quais em unidades de cuidados intensivos, e há 43 doentes que já recuperaram.

Portugal, onde os primeiros casos confirmados foram registados no dia 2 de março, encontra-se em estado de emergência desde as 00:00 de 19 de março e até às 23:59 de 2 de abril.

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