A República Islâmica pediu um empréstimo de cinco mil milhões de dólares (4,6 mil milhões de euros).
"Exorto todas as organizações internacionais a assumirem as suas responsabilidades", disse Rohani no conselho de ministros.
"Somos um membro do FMI (...) Se houvesse discriminação entre o Irão e outros para a concessão de crédito, isso não seria tolerado nem por nós nem pela opinião pública", disse ainda em declarações transmitidas pela televisão.
O Irão anunciou a 12 de março ter apelado à responsabilidade do FMI, a quem, excecionalmente, Teerão disse ter pedido ajuda face à pandemia da covid-19.
Teerão nunca mais recebeu ajuda do FMI depois de um crédito de que beneficiou entre 1960 e 1962, antes da criação da República Islâmica em 1979, de acordo com os dados do fundo.
"O nosso banco central pediu um acesso imediato" ao Instrumento de Financiamento Rápido (IFR) do FMI, declarou a 12 de março o ministro dos Negócios Estrangeiros, Mohammad Javad Zarif, através da rede social Twitter.
Segundo o portal do FMI na Internet, o IFR "permite uma assistência financeira rápida a todos os países membros em necessidade urgente".
O Irão divulgou que o novo coronavírus matou 3.993 pessoas até hoje e infetou 64.586 em todo o país. No estrangeiro, alguns suspeitam que os números podem estar subestimados.
"Se eles não cumprirem as suas obrigações nesta difícil situação, o mundo julgá-los-á de modo diferente", disse ainda Rohani sobre a instituição financeira.
Alguns responsáveis iranianos acusaram os Estados Unidos de pressionarem o FMI, assim como de manter sanções contra o Irão que dificultam a compra de medicamentos e de equipamento médico.